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terça-feira, 22 de março de 2011

SJP triplica número de agentes para evitar doenças como a dengue

Agente de endemias faz vistoria em vasos de plantas do imóvel.

Desde a semana passada o número de agentes de endemias de São José dos Pinhais em atuação mais que triplicou. A medida atendeu a uma determinação do Ministério da Saúde e à preocupação da Prefeitura da cidade com o aumento dos casos de dengue no Estado.


São José dos Pinhais até hoje não apresentou casos autóctones da doença, ou seja, não houve situações em que ela foi contraída dentro do município. Para cidades que não tenham infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, o Ministério da Saúde preconiza que haja um agente de endemias para até 2.000 imóveis.



Com as novas contratações, 80 agentes de endemias estão atuando no município; antes eram 22. “O número estava defasado e agora está de acordo com a portaria do Ministério. Hoje existe um agente para aproximadamente 1.250 imóveis”, explicou a diretora do Departamento de Promoção e Vigilância da Secretaria Municipal de Saúde, Elaine de Castro Neves.



A medida também foi uma precaução em virtude da situação da dengue no Estado. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), desde o início do ano foram registradas nove mortes causadas pela doença. Ao todo, 4.532 casos foram confirmados em 99 municípios.



São José dos Pinhais está bem próxima de cidades que estão enfrentando a epidemia, o que preocupa a Secretaria Municipal de Saúde. “Nossa ideia é fechar o cerco no município, porque todo o litoral já registra dengue e estamos no meio do caminho”, afirmou Elaine.



Os agentes de endemias fazem vistorias nos imóveis, em busca de possíveis focos do mosquito da dengue e, no caso de encontrarem larvas, as levam para análise, para saber se elas são do Aedes aegypti. Durante as visitas é feito um trabalho de orientação com a população, com o objetivo de combater o aparecimento do mosquito.



O professor universitário André Luiz Sada conta que tem como hobby cuidar das plantas de sua casa. Ele possui diversos vasos com várias espécies em seu quintal. As agentes de endemias que visitaram a casa dele orientaram o professor que além de trocar a água dos vasos com frequência, ele também os lavasse, pois os ovos do mosquito podem grudar no recipiente. “Esse trabalho é muito importante, pois são tomadas providências preventivas”, afirmou o professor.



De acordo com dados da secretaria, durante o ano de 2010 foram coletadas 25.677 larvas. Destas, 196 foram reconhecidas como positivas, ou seja, eram mesmo do mosquito vetor da dengue. Nesses três meses de 2011 já foram coletadas 15.617 larvas, sendo que 33 eram positivas. O número elevado de larvas coletado neste período, em comparação ao ano passado, demonstra que o trabalho dos agentes está intensificado. Isso porque, a cada larva positiva encontrada é feita uma vistoria em todos imóveis que ficam a até 300² do local onde ela foi encontrada.



Além desse trabalho, os agentes atendem denúncias e fazem visitas quinzenais nos chamados pontos estratégicos, que são locais onde há maior probabilidade do acúmulo de larvas, como cemitérios, borracharias e terrenos baldios. Com mais profissionais em atuação, o número de pontos estratégicos também será ampliado.



A dona de casa Maria do Rosário de Carvalho Silva de Aguiar aprova a vistoria dos agentes de endemias. “Tem muitos terrenos baldios aqui perto, e o pessoal muitas vezes não cuida”. Ela se preocupa em evitar criadouros do mosquito em sua residência. Segundo ela, os cuidados são redobrados quando chove.

A diretora da secretaria destaca que o trabalho dos agentes visa prevenir não apenas a dengue, mas todos os outros tipos de endemias como a malária, a febre amarela e a leptospirose. “Os número de casos de leptospirose está acima do normal na região metropolitana, por causa do excesso de chuvas e das enchentes”, exemplificou.

Fotos: João Fernandes 
Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais

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