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sábado, 14 de maio de 2011

Grande ABC influencia greve no PR


Influenciados pelos ganhos dos metalúrgicos no Grande ABC, funcionários da fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) decidiram permanecer em greve até segunda-feira.
O maior impasse com a direção da montadora está na negociação do valor da primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Enquanto o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, ligado à Força Sindical, reivindica R$ 6.000, a empresa oferece, segundo os trabalhadores, R$ 4.600.
"Em São Bernardo e Taubaté, os trabalhadores já garantiram R$ 5.200", afirmou o secretário-geral do sindicato, Jamil Davila. "Por que aqui haveria de ser mais baixo?", questiona.
Segundo o sindicalista, um metalúrgico recebe na região metropolitana de Curitiba 40% a menos que o mesmo trabalhador do Grande ABC. "Aqui o salário médio é de R$ 2.000 contra R$ 2.800 mil daí", disse.
Davila afirmou que os metalúrgicos não têm intenção de voltar ao trabalho enquanto não houver flexibilização da Volkswagen. Segundo ele, o sindicato já fechou PLR de R$ 12 mil com a Renault, dividido em duas parcelas de R$ 6.000.
Na contabilidade do sindicato, 6.000 veículos deixaram de ser produzidos pela empresa em nove dias de paralisação. Em São José dos Pinhais, são produzidos diariamente 810 carros dos modelos Golf, Fox e CrossFox.
Segundo o sindicato, a empresa emprega 3.500 metalúrgicos em três turnos de trabalho, mas a paralisação já estaria afetando 20 mil trabalhadores em toda a cadeia de fornecimento da Volkswagen no Paraná. A próxima assembleia será realizada na segunda, às 5h30, horário de entrada do primeiro turno, em frente aos portões da fábrica.
A assessoria da Volkswagen informou ontem que não iria comentar a greve nem as propostas que foram levadas à mesa de negociação, mas ressaltou estar empenhada em chegar a um acordo que ponha fim à paralisação.

Fonte: Diário do Grande ABC

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