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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mães usam experiência de vida para difundir paz em São José dos Pinhais

Mulheres da Paz estão sendo capacitadas por grupo multidisciplinar.

Mulheres com histórias de vida marcantes e com o desejo de mudar a realidade do lugar onde vivem. São características comuns às 50 integrantes do projeto Mulheres da Paz, desenvolvido pela Prefeitura de São José dos Pinhais em parceria com o Governo Federal. Elas irão atuar nas regiões da Borda do Campo e Grande Guatupê, com um trabalho focado no resgate e reinserção social de jovens de 15 a 24 anos.

Não por acaso, a maioria das selecionadas do projeto é mãe. “Elas são mais sensíveis aos problemas da própria comunidade, e mães são mais respeitadas, entram em lugares que muitos não conseguem”, explica a gestora municipal do Mulheres da Paz, Cleusa Lima.

A professora e pedagoga Verônica Paula da Silveira, de 38 anos, acredita que a troca de experiências entre as participantes será fundamental para que as Mulheres da Paz tracem estratégias para o futuro dos jovens. O convívio com os adolescentes, como educadora, mostrou que eles enfrentam uma série de problemas, principalmente por ficarem ociosos e sem companhia fora de horário letivo. “Eles ficam sozinhos, não têm nenhum apoio. Existem poucos projetos interessantes”, afirma Verônica. Ela tem um filho de 17 anos e outro de três meses, e espera que o projeto ajude a criar um ambiente mais tranquilo em que o filho mais novo irá crescer.  




As Mulheres da Paz Marcela Juliana Cordeiro Ribeiro e Rosângela Alves Pereira 

Marcela Juliana Cordeiro Ribeiro, de 23 anos, teve em sua própria casa problema com as drogas, o que a motivou a entrar para o Mulheres da Paz. Há dois anos ela perdeu uma irmã que usava entorpecentes; e a mãe já foi baleada por vingança de traficantes. “Teve que acontecer uma coisa séria para eu despertar e querer ajudar”, conta Marcela. Ela tem um filho de um ano e quatro meses, e também acredita que os jovens carecem de atividades dentro da comunidade.

Quando tinha 15 anos, Rosângela Alves Pereira fugiu da casa dos pais, no Rio Grande do Sul, para vir morar sozinha em Curitiba, porque seu pai era alcoólatra e gastava todo dinheiro da família com o vício. Ela se orgulha em dizer que seu filho de 18 anos trabalha, estuda e nunca usou drogas. “Eu não tive dos meus pais, mas quis dar toda a oportunidade para meus filhos. Fui uma mãe exemplar”, afirma. Para Rosângela, a comunidade precisa de pessoas que ajudem e orientem as famílias, para que os jovens tenham oportunidades e a chance de um futuro promissor.

As Mulheres da Paz estão passando por uma capacitação com um grupo multidisciplinar e já iniciaram o diagnóstico para identificar os problemas existentes nas comunidades atendidas pelo Território de Paz. São 12 horas de dedicação semanal ao projeto.


Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais
Fotos: Silvio Ramos

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