O Guarda Municipal Anderson Bissoli, precursor do programa, faz um trabalho preventivo com as crianças da rede pública.
“Nem todos os dedos são iguais, assim como as pessoas; e é preciso respeitar as diferenças”, diz Caio Rafael do Prado, de 11 anos. Essa é uma das coisas que ele aprendeu durante a palestra do guarda municipal Anderson Bissoli, na escola Júlia Wanderley.
O programa entrou em vigor no final do ano passado e, desde então, vem sendo ampliado. “No início apenas um guarda fazia as palestras. Hoje já são 6 e outros 15 estão sendo capacitados. As escolas foram conhecendo o nosso trabalho e tivemos um aumento da demanda”, conta a coordenadora da Guarda Municipal, Fernanda Fraiz.
Cerca de 1.500 crianças são atendidas por trimestre. Cada turma tem no máximo 30 alunos, para facilitar a assimilação das informações por parte dos estudantes.
Por meio de personagens, os guardas dão exemplos de situações do cotidiano, como desentendimentos com os colegas da escola e reações diante de pessoas estranhas na rua, a fim de passar valores positivos para as crianças. “Elas ainda nos veem como uma referência, uma figura de super-herói; então aproveitamos essa imagem para passar bons valores morais a elas”, explica o precursor do programa, Anderson Bissoli.
Segundo Bissoli, a ideia do programa surgiu em virtude da própria demanda das escolas. “Quando iniciamos o patrulhamento da Guarda Comunitária, as diretoras das escolas relatavam problemas com drogas e violências nas escolas e pediam que conversássemos com os alunos”, conta.
A professora Ana Luiza Ripke Wolski, da escola Júlia Wanderley, considera que os guardas trazem alertas importantes para os estudantes, utilizando informações do dia-a-dia deles. “Os alunos ficam ansiosos, esperando pela palestra dos guardas”, afirma.
Gabriel Lima Pires, de 10 anos, voltou para casa com uma série de tarefas para serem colocadas em prática: “Aprendi a não xingar, ter respeito com os amigos, não jogar lixo nas ruas, em casa e nas escolas”, enumera.
De acordo com a coordenadora da Guarda, embora não seja o objetivo do Programa, durante as palestras já foram identificadas crianças que sofriam agressões e até mesmo eram vítimas de pedofilia. “Não queremos fazer uma ‘caça às bruxas’, mas acaba acontecendo”, ressalta.
Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais
Foto: João Fernandes
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