A redução da umidade do ar nos últimos dias no Paraná, situação comum em épocas de pouca chuva, causa impactos tanto no meio ambiente quanto na saúde da população. Além de favorecer a formação de incêndios florestais, o tempo seco gera risco de surgimento ou agravamento de doenças respiratórias.
A taxa de umidade do ar registra a porcentagem mais baixa no período da tarde, segundo o Instituto Tecnológico Simepar. “O aumento da temperatura nessas horas contribui para essa condição”, explica o meteorologista Fernando Mendes. Esta semana, a umidade relativa do ar atingiu índices menores que 10% no Estado, sendo que a porcentagem ideal gira entre 50% e 80%.
Com isso, o risco de incêndios em pastagens e floresta aumenta consideravelmente. Desde o dia primeiro de julho, foram contabilizadas 552 chamadas para controlar queimadas em todo o Estado. Para se ter uma ideia, somente nesta quinta-feira (14), o Corpo de Bombeiros registrou ocorrências na Lapa, São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo e Fazenda Rio Grande.
O período de estiagem favorece os incêndios, facilitando sua propagação e dificultando seu controle, mas a ação humana também contribui para aumentar as ocorrências. “Fazer queimadas e jogar bitucas em matas à beira de estradas faz com que o fogo se espalhe rapidamente, aliado ao tempo seco”, ressalta a soldado Camila Ludwig.
Prevenção
O ar seco também influencia diretamente no aumento de casos de doenças respiratórias e problemas alérgicos. Entre os principais sintomas estão o ressecamento de mucosas do nariz e da garganta, sangramentos, espirros, tosses, dificuldade para respirar, rinite e crises de asma. A condição climática pode gerar ainda ressecamento de pele e irritação nos olhos.
A orientação é para que a população tome medidas preventivas, como evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 16h, umidificar ambientes – utilizando vaporizadores, toalhas ou recipientes com água –, evitar exposição ao sol e beber bastante água.
Fonte: O Estado do Paraná
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