Cinco famílias se mudaram para um condomínio na Rua Constante Moro Sobrinho, bairro Quississana, no mês de julho, após financiarem casas de cerca de R$ 130 mil. O sonho de morar em um conjunto novo se tornou um grande transtorno. Somente um relógio de luz está instalado no local e, como o projeto é irregular, segundo a Copel, não dá para instalar outras caixas de leitura. No caso da água existem pendências com a Sanepar no endereço, e a companhia cortou o abastecimento, de acordo com os moradores.
Para não ficarem sem energia, eles foram puxando ligações paralelas o que dá sobrecarga e a luz cai, incluindo quando as crianças estão no banho. A revolta dos 14 moradores está distribuída para o banco que financiou um condomínio cheio de problemas, o construtor da obra e a imobiliária Revelação, empresa responsável pela comercialização dos imóveis.
O morador Marcos Ferrari aponta que o banco, o construtor e a imobiliária estão empurrando o problema da falta de infraestrutura que não tem solução por enquanto. “Técnicos da Copel vieram aqui e disseram que o projeto de luz está errado e que não vão instalar os relógios”, comenta Marcos, o único que está de posse do contrato com a Caixa. Ainda por meio de Marcos Ferrari, na Prefeitura a liberação da obra está correta.
Altamir Teixeira lembra que cada proprietário pagou cerca de R$ 300,00 para a instalação de água e mesmo assim a Sanepar cortou o abastecimento. “A Sanepar mostrou que o endereço tem dívidas de água, e o que pagamos é responsabilidade de quem fez a obra. Fui atrás do construtor e ele não quis me receber”, reclama Altamir Teixeira, que está sem o contrato, assim como seu vizinho, Ari de Carvalho. “A Caixa Econômica não poderia ter aprovado um financiamento neste local e a imobiliária não poderia vender as casas”, questiona Ari de Carvalho.
A reportagem do PautaSJP.com entrou em contato com o construtor. Airton Molina, diz que em breve a Copel e Sanepar vão providenciar o funcionamento dos serviços e que o transtorno foi causado pela Revelação. “A imobiliária se antecipou em vender as casas. Eu dei a ela a opção de venda e eles sabiam que o condomínio ainda não tava pronto. Não sei como a imobiliária ligou o relógio de luz em meu nome”, fala Airton Molina.
O advogado da Revelação Imóveis, Miguel Setim, contesta a argumentação do construtor. “Não temos como ligar luz no nome dos outros. Como é praxe no mercado, quando existe a aprovação do financiamento não compete à imobiliária tratar da infraestrutura de uma obra, e sim da construtora, pois são questões técnicas, de responsabilidade do engenheiro do projeto. Mesmo assim, estamos em contato com os proprietários para auxiliá-los nesta questão”, comenta Miguel Setim.
A Caixa Econômica será procurada.
Fonte: PautaSJP
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