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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sonho da casa própria vira pesadelo para moradores de SJP

Cinco famílias se mudaram para um condomínio na Rua Constante Moro Sobrinho, bairro Quississana, no mês de julho, após financiarem casas de cerca de R$ 130 mil. O sonho de morar em um conjunto novo se tornou um grande transtorno. Somente um relógio de luz está instalado no local e, como o projeto é irregular, segundo a Copel, não dá para instalar outras caixas de leitura. No caso da água existem pendências com a Sanepar no endereço, e a companhia cortou o abastecimento, de acordo com os moradores. 


Para não ficarem sem energia, eles foram puxando ligações paralelas o que dá sobrecarga e a luz cai, incluindo quando as crianças estão no banho. A revolta dos 14 moradores está distribuída para o banco que financiou um condomínio cheio de problemas, o construtor da obra e a imobiliária Revelação, empresa responsável pela comercialização dos imóveis. 

O morador Marcos Ferrari aponta que o banco, o construtor e a imobiliária estão empurrando o problema da falta de infraestrutura que não tem solução por enquanto. “Técnicos da Copel vieram aqui e disseram que o projeto de luz está errado e que não vão instalar os relógios”, comenta Marcos, o único que está de posse do contrato com a Caixa. Ainda por meio de Marcos Ferrari, na Prefeitura a liberação da obra está correta. 

Altamir Teixeira lembra que cada proprietário pagou cerca de R$ 300,00 para a instalação de água e mesmo assim a Sanepar cortou o abastecimento. “A Sanepar mostrou que o endereço tem dívidas de água, e o que pagamos é responsabilidade de quem fez a obra. Fui atrás do construtor e ele não quis me receber”, reclama Altamir Teixeira, que está sem o contrato, assim como seu vizinho, Ari de Carvalho. “A Caixa Econômica não poderia ter aprovado um financiamento neste local e a imobiliária não poderia vender as casas”, questiona Ari de Carvalho.

A reportagem do PautaSJP.com entrou em contato com o construtor. Airton Molina, diz que em breve a Copel e Sanepar vão providenciar o funcionamento dos serviços e que o transtorno foi causado pela Revelação. “A imobiliária se antecipou em vender as casas. Eu dei a ela a opção de venda e eles sabiam que o condomínio ainda não tava pronto. Não sei como a imobiliária ligou o relógio de luz em meu nome”, fala Airton Molina. 

O advogado da Revelação Imóveis, Miguel Setim, contesta a argumentação do construtor. “Não temos como ligar luz no nome dos outros. Como é praxe no mercado, quando existe a aprovação do financiamento não compete à imobiliária tratar da infraestrutura de uma obra, e sim da construtora, pois são questões técnicas, de responsabilidade do engenheiro do projeto. Mesmo assim, estamos em contato com os proprietários para auxiliá-los nesta questão”, comenta Miguel Setim. 

A Caixa Econômica será procurada.

Fonte: PautaSJP

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