O crime ocorreu por volta das 22h desta terça-feira (31) na rua Joroslau Sochaki, no bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Maurício José Faria da Silva, 34 anos, estava em seu dia de folga e conversava com uma jovem, que seria sua ex-namorada, dentro de um veículo Celta, quando foi abordado por um assaltante.
Alvejado com mais de dez disparos, Maurício morreu praticamente na hora. O bandido ainda levou a pistola ponto 40, da corporação.
O policial morreu ao reagir a um assalto
Segundo o tenente Meireles, do 17.º Batalhão da PM, a namorada, que testemunhou o crime, estava muito assustada e pouco colaborou com informações. “Infelizmente morreu um companheiro nessa tentativa de assalto. A namorada está em choque, e não consegue se lembrar de quase nada sobre o criminoso. Somente que era um homem de cor negra e estava de bermuda e que chegou pedindo dinheiro”, disse o tenente.
“Um PM com mais de 10 anos de serviços prestados morre dessa maneira. É uma barbaridade. O tiro no peito foi fatal”, concluiu.
Maurício estava lotado no Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), em Pinhais. Um morador, que pediu para não ser identificado, destaca a insegurança na região e a demora no atendimento da polícia, quando solicitada.
O casal conversava dentro do carro na hora do crime
“Nossa região é bem violenta, infelizmente. Todo mundo vive assustado. Em todo lugar, é droga e tudo mais. Aqui toda semana morre um. E o maior problema é que quando se precisa da polícia, a gente chama e eles demoram meia hora, até uma hora pra vir. Quando vêm”, desabafou o morador.
“Hoje, por exemplo, tivemos dificuldades de ligar pelo 190. Levou mais de 15 minutos para atenderem. Imagina para chegar aqui. Mas o acho que o policial morreu na hora. Quando chegamos perto do carro, ele já estava morto. Um tiro atravessou pescoço e outro pegou no peito”, completou.
Algumas informações dão conta de que o autor dos disparos também tenha sido baleado. Até o final desta madrugada a polícia ainda não tinha informações sobre o paradeiro dele. Investigações irão apontar se realmente Maurício José Faria foi morto em crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte, ou até mesmo por outra motivação.
Morte na mesma rua
Cerca de 5 horas depois do assassinato do policial, outra morte foi registrada na mesma rua. Por volta das 3h30, moradores ouviram tiros e hoje, às 6h30, um trabalhador encontrou o corpo de um homem não identificado baleado com tiros na face.
O homem era moreno, aparentando entre 30 e 40 anos, e trajava tênis preto, calça jeans e blusa azul. A polícia descarta a hipótese de ser o assassino do policial em razão das características descritas pela testemunha. O corpo foi encaminhado para o IML.
Fonte: Banda B
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