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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tecpar produzirá biodiesel a partir de óleo de fritura

Convênio foi firmado entre o Tecpar e a Prefeitura de São José dos Pinhais.

Um convênio firmado entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais prevê a produção de biodiesel para abastecer ônibus do transporte público da cidade a partir de óleo vegetal residual utilizado em frituras.

A prefeitura vai recolher a gordura descartada em escolas e outros órgãos públicos da cidade e enviar à usina experimental de biodiesel do Tecpar, localizada na Cidade Industrial de Curitiba.

Após o processamento, o biocombustível será transportado até São José dos Pinhais para ser misturado ao diesel convencional que abastece um dos ônibus da cidade.

O convênio tem caráter educativo e ambiental, uma vez que o volume de gordura coletada e os custos envolvidos no projeto não seriam viáveis para abastecer toda a frota da cidade.

"O que nós queremos com esse projeto é divulgar a possibilidade de reaproveitamento do óleo de fritura e apontar uma alternativa", explica Wellington Vechiatto, técnico do Centro de Energias Renováveis (Cerbio) do Tecpar.

Segundo ele, o descarte adequado da gordura ainda é um dos grandes desafios para as cidades. "Quando as pessoas jogam a gordura na pia, o material é altamente aderente e vai se depositando nas paredes internas dos encanamentos, causando sérios problemas no escoamento da água e custos com o desentupimento".

A primeira coleta de gordura já foi encaminhada ao Tecpar. Segundo o técnico do Cerbio, dos 500 litros que chegaram, 100 foram descartados previamente, por estarem completamente degradados ou misturados a outros tipos de óleo. Dos 400 litros restantes, metade já foi transformada em biodiesel e a outra metade será processada nas próximas semanas.

Vechiatto explica que o óleo vegetal usado pode ser beneficiado, por pior que seja seu estado. Mas, segundo ele, dependendo do tipo de fritura, da quantidade de vezes que foi reutilizado e das variações de temperatura aplicadas, uma diversidade de oxidantes é gerada, tornando o processo de reciclagem inviável em função dos elevados custos envolvidos.

Usina experimental - Com recursos do Fundo Paraná para atender aos objetivos do Programa Paranaense de Bioenergia, a planta de produção de biodiesel em escala semi-industrial foi inaugurada na sede do Tecpar em 2007.

A usina tem capacidade de produção de 100 litros/hora e flexibilidade para testar diferentes tecnologias e matérias-primas, incluindo óleos vegetais, gorduras animais e óleos residuais.

É uma planta utilizada apenas para pesquisas. Para a produção comercial de biodiesel é necessária uma autorização especial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A planta está vinculada ao Cerbio, que desenvolve pesquisas para o aproveitamento de diversas oleaginosas, como soja, girassol, nabo forrageiro, amendoim, algodão, entre outras, priorizando a rota etílica. O mais recente projeto desenvolvido na Usina, encerrado no ano passado, era para a produção de biodiesel destinado a motogeradores de empresas parceiras

Fonte: Paraná Online

Um comentário:

  1. É uma pena que pouco ou quase nada seja investido na pesquisa pela energia solar. O grande problema da energia solar é que ela gera, relativamente, pouco lucro já que não é plantada, escavada, extraída, estratificada de forma alguma. O sol é gratuito, livre, e cheio de energia o ano todo, independente das vontades políticas...
    A energia solar só é cara até hoje porque não compensa para a classe política investir nas pesquisas e quando for implementada dará à população mais controle sobre a energia e menos lucros aos velhos grupos exploradores de sempre.
    O Sol é a única fonte realmente limpa e sustentável de energia, basta que seja feita a pesquisa para melhorar o aproveitamento real da energia solar. Basta que haja interesse e compreensão de que a matriz energética adotada está destruindo nosso modo de vida.

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