Orquestra de Câmara de Curitiba
A Prefeitura de São José dos Pinhais, via a Secretaria de Cultura, lançou o projeto orquestra-escola para a criação da Orquestra de Câmara de São José dos Pinhais e o ensino da música com instrumentos clássicos. A cidade tem vocação na formação de grupos musicais, pois durante muitos anos, as bandas marciais alcançaram vários prêmios pelo País. A orquestra será composta por 25 profissionais que atuarão não somente como músicos, mas também como professores no projeto.
Os alunos podem ter de 7 a 15 anos. “Queremos que os músicos-professores sirvam de modelo aos alunos. Assim, eles podem futuramente montar outros grupos orquestrais jovens e melhorar a qualidade de vida, principalmente aqueles mais carentes”, destaca Semitha Cevallos, chefe da Divisão de Dramaturgia e Música, que antecipa o repertório focado na música brasileira sem deixar de lado a europeia.
“Instrumentos como violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, flautas, clarinetes, oboés e fagotes serão adquiridos pela Prefeitura e estarão à disposição para que os alunos do projeto possam estudar. Com a Banda Marcial, serão dois grupos musicais oficiais”, diz o secretário municipal de Cultura, Christian Bundt.
As aulas serão ministradas em dois locais: no Centro de Referência de Assistência Social da Borda do Campo e na Escola de Linguagens Culturais. O projeto é realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná.
Em fevereiro, o secretário e a chefe de música representaram a cidade no encontro internacional de formação de orquestras, o Take a Stand, no Estados Unidos, em Los Angeles. Eles foram incentivados a participarem após conversarem com a funcionária pública da Infraero e radialista de São José dos Pinhais, Marina Kazumi Okumura.
“Uma orquestra sinfônica é muito importante para a cultura da cidade. Mas, mais importante do que formar uma orquestra, é formar os músicos para compor o conjunto com jovens do próprio município. O estudo da música erudita acrescenta muito na formação de crianças e jovens, principalmente quando é realizado em grupo, como numa orquestra, porque ali se une o rigor e a formalidade do estudo para treinar a disciplina, o trabalho em equipe e a união em torno de um propósito que é a criação de beleza e harmonia”, aponta Marina, com base na definição do maestro José Antonio Abreu, fundador do Sistema Nacional de Coros e Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela.
“Este programa venezuelano tem 37 anos e dá acesso gratuito a 380 mil crianças e jovens na aprendizagem de um instrumento musical. Na Venezuela, cada cidade tem sua orquestra sinfônica e um coral de onde surgem grandes músicos, todos muito jovens, atuantes nos cenários importantes da música clássica e popular”, fala Marina Okumura.
Diferença câmara e sinfônica
As sinfônicas e filarmônicas são formadas por grandes grupos, que chegam a mais de uma centena de participantes. Algumas iniciativas patrocinadas às vezes usam o nome filarmônica, como forma de mostrar que o grupo é mantido por uma fundação, instituto ou empresa.
No caso das câmaras, trata-se de um conjunto bem menor e costuma ter, na maioria dos casos, entre oito e 18 músicos, na chamada música de câmara. Às vezes existem as denominações octetos, nonetos, etc.
Fonte: PautaSJP
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