O atual vice-prefeito de São José dos Pinhais, Jairo Melo (PDT), em entrevista exclusiva. Na ocasião, o político falou de sua gestão na prefeitura, os planos para o futuro e se defendeu contra supostas irregularidades denunciadas pelo ministério público. Confira os principais trechos.
Jairo Melo (PDT)
P: Você ainda possui alguma pretensão política para as próximas eleições?
R: Pretensão pessoal por enquanto não existe. Não sou candidato a prefeito, nem a vice - prefeito e nem a vereador. A não ser que me coloquem em uma missão imposta, onde eu não tenha alternativa.
P: O que o motivou a tomar esta decisão?
R: Eu me decepcionei muito com essa gestão. Não comungo com algumas ações que o prefeito implantou no município e por isso me afastei dele há mais de anos.
P: Quais ações definiram seu rompimento com o prefeito?
R: Principalmente algumas políticas públicas não implantadas, como por exemplo, o ensino integral que a gente sempre falou na campanha. A destruição do casarão da prefeitura que eu era contra. Além disso, nosso partido foi se desprestigiando ao longo do tempo, perdemos secretarias, perdemos companheiros, e isso vai deteriorando a relação.
P: Qual grupo você apoiará em 2012?
R: Estamos com a alternativa do Rodrigo da Rocha Loures, buscando uma nova visão de administração pública de São José dos Pinhais.
P: Fale sobre uma possível coligação do PDT com o PMDB.
R: Uma articulação feita pelo Osmar Dias e pelo Neivo Beraldin uniu o partido com o prefeito. O PDT de São José dos Pinhais está meio perdido, sem saber que rumo tomar. A intenção era a coligação com o PMDB, mas houve uma intervenção, nomearam outro presidente (para o diretório municipal do PDT) e eu fiquei fora da liderança do partido.
P: O que você tem a dizer sobre as acusações de acúmulo de cargo?
R: Ano passado eu estava desiludido, escanteado pela administração, eu procurei uma alternativa para voltar a trabalhar. Entrei com 19 anos na Copel e hoje tenho 28 anos na instituição, conversei com o presidente da empresa e ele acatou minha decisão de voltar. Como a Copel é uma empresa de economia mista, na minha interpretação não é acúmulo de cargo. Eu continuei na prefeitura, atendi a população da mesma forma, mas ficar isolado sem poder trabalhar é difícil. Voltei (para a Copel) não por causa de cargo ou salário, voltei para ter um trabalho e também como um forma de dizer, estou me afastando da administração. Isso gerou problemas que estão sendo discutidos na Justiça e eu espero que isso se resolva. Se houver alguma punição, será a primeira vez na história que alguém foi punido por tentar trabalhar.
Fonte: GuiaSJP
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