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segunda-feira, 2 de julho de 2012

“Não sou de ficar de bar em bar tomando cerveja para ser popular”, diz Ivan Rodrigues

Neste ano, o empresário Ivan Rodrigues vendeu a sua indústria, a EMIC, e diz que vai se dedicar exclusivamente à política. 

O Partido Social Democrático (PSD) lançou no último sábado (30), na Câmara Municipal, o prefeito Ivan Rodrigues em campanha à reeleição. Com apoio de mais 12 legendas, Ivan aponta que sua campanha será baseada no que anunciou nas eleições de 2008 e o que realizou em 46 meses no Executivo (de 2009 até outubro de 2012). Na entrevista exclusiva, o empresário questiona as críticas de que não é um político popular, pois não participa de todas as festas da cidade. Aos 62 anos, Ivan Rodrigues considera que tem mais condições de ganhar a eleição. Segundo Ivan, o partido de Luiz Carlos Setim possui apenas um vereador na legenda e montou uma chapa pura com o candidato a vice, Toninho da Farmácia, também do Democratas, e Rocha Loures saiu pelo PMDB, partido que não tem vereador. 

P - Sendo prefeito é uma campanha mais fácil neste ano do que como opositor há quatro anos?
Ivan Rodrigues - A campanha vai mostrar a diferença da nossa administração e dos antecessores. Quando a população fizer a análise das obras, e melhorias em geral, acredito que terá referência para comprovar as mudanças conquistadas.

P - É uma campanha de 90 dias, bem concentrada. Como será o trabalho?
IR - Temos a experiência da última campanha, feita de forma limpa e animada. Esta convenção do PSD foi muito mais calorosa do que as convenções dos meus opositores, que ocorreram em clima de velório. No meu caso, em particular, a campanha é mais exaustiva, pois continuo nos compromissos como prefeito.

P - Na sua influência política, o senhor tem, formalmente e informalmente, apoio de praticamente 10 entre os 14 vereadores, é uma grande vantagem?
IR - Isto demonstra o acerto da nossa administração. Se ao final do mandato temos grande apoio é porque os vereadores sentem a viabilidade da nossa reeleição e o que realizamos na administração pública. E isto se reflete nos candidatos a vereador, pois devemos ter cerca de 200 candidatos, o maior grupo entre todos. 

P - Quanto a formação dos grupos partidários antes das convenções. No caso do PSDB houve interferência da Executiva Estadual, por meio do deputado estadual Francisco Bührer, que freou o apoio dos vereadores tucanos ao senhor, e os senadores Roberto Requião (PMDB) e Osmar Dias (PDT) interferiram nas Executivas Municipais em seu favor. O PDT afastou o seu vice-prefeito, Jairo Melo. O senhor rachou estes partidos?
IR - A verdadeira intervenção foi do PSDB, que interferiu em um diretório democraticamente eleito. E mais, o PSDB, por meio do governador do Paraná, e presidente estadual do partido, Beto Richa, declarou que a coligação entre o PSD e o PSDB é prioritária. Quanto ao PMDB, esteve na nossa convenção, neste sábado, o secretário geral do PMDB do Paraná, deputado federal João Arruda, que participou da proposição de apoiar a nossa campanha, mas a Executiva Municipal do PMDB lançou o Rocha Loures. No PDT houve a nomeação de uma nova provisória pelo fato da anterior estar com o tempo vencido, e este novo diretório decidiu o apoio à nossa reeleição. 

P - Definidos os três grandes nomes para a eleição, o que o senhor pensa da disputa com Luiz Setim e Rocha Loures?
IR - Vejo dificuldades para os dois. O Rocha Loures, como falei, não tem apoio do senador Requião e outros dirigentes do PMDB. Quanto ao Setim, começa uma candidatura pelo Democratas que é um partido enfraquecido em nível municipal, estadual e nacional. A candidatura “puro sangue” com o Toninho da Farmácia traz limitações na participação dos coligados.

P- Qual o critério de lançar como candidato a vice o ex-vereador Auro Luis de Paula?
IR - Auro foi vereador por três mandatos e cassado por ter me apoiado. Empresário bem sucedido, ele chegou a presidente da Associação Comercial, enfim, um ótimo nome.

P - Dizem que o senhor não se aproxima do povo, como vê estas críticas?
IR - Cada prefeito busca sua forma de trabalhar. São José dos Pinhais tem alguns pretendentes como candidato a prefeito que se mostram tipo prefeito de vila. Não é mais possível, em um município do porte de São José dos Pinhais, dizer que um prefeito é bom porque ele conhece todos os moradores pelo nome, que vai a todos os casamentos, batizados e aniversários. Acredito que é possível ser um gestor público e na medida do tempo participar das festas. A minha postura sempre foi de tomar decisões que coloquem a Prefeitura em ordem, em relação a ser popular. Os moradores querem resultado e não tapinha nas costas. Não fico por aí encostando meu umbigo de balcão em balcão, de bar em bar, tomando cerveja, para ser popular.

P - O vereador Walder Mulbak (PSD) comentou uma vez em sessão da Câmara que falam que o prefeito Ivan é o “Ivan O Terrível”, e, de acordo com o vereador, o prefeito é um gestor extremamente forte em suas decisões. O que o senhor acha deste apelido dos seus opositores?
IR - Não concordo, sou paz e amor. A história conta que o Ivan, O Terrível, era um czar da Rússia que mandava furar os olhos de seus arquitetos para que eles não pudessem mais repetir as obras encomendadas por ele. Esta nunca foi a minha postura e falam isso de forma pejorativa. Eu aceito as referências como o Ivan exigente, o Ivan persistente, o Ivan que é firme quanto aos compromissos, mas terrível jamais. 

Fonte: PautaSJP

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