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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Alunos do Colégio Estadual Silveira da Motta participam da Semana da Consciência Negra

A professora Rosana Fuckner, entre os alunos Iago Fernandes e Nicolli Balzan, na exposição que trata da cultura negra e de diversidade racial 

Como parte da Semana da Consciência Negra, centenas de alunos do nono ano e segundo grau do Colégio Estadual Silveira da Motta, localizado na Praça Getúlio Vargas, centro de São José dos Pinhais, estudaram sobre a cultura africana para uma exposição interna de pinturas. Os trabalhos, que uniram a arte pop de Romero Britto com as religiões e história dos negros, também geraram reflexão quanto a questões sociais, como o preconceito.

Segundo a professora de Arte, Rosana Fuckner, o tema serviu para desenvolver o interesse pelas artes plásticas e esclarecer os ritos religiosos como Candomblé e Umbanda. 

“Com a informação de que existe uma complexidade de referências, inclusive de influência da Igreja Católica, nas religiões dos negros no Brasil, nós trabalhamos o preconceito religioso e da mesma forma questões raciais como a cor da pele”, conta Rosana Fuckner, que busca este envolvimento na sala de aula desde 2004, muito antes do Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, fazer parte da grade pedagógica por meio de lei federal. 

Para Nicolli Balzan, de 15 anos, matriculada no segundo ano matinal, a discussão em relação ao preconceito racial surgiu automaticamente. “Entre nós, conversamos de onde vem o preconceito de cor, como apontar o erro de alguém como negrice, e falamos do preconceito de quem escuta música ou que veste uma roupa considerada diferente”, diz Nicolli Balzan.

Iago da Silva Fernandes, 16 anos, que estuda de noite, é mulato e o desenvolvimento artístico dos trabalhos e a questão racial também foram discutidos no colégio e em casa. “Já escutei comentários e piadas sobre ser mulato, mas, como diz meu pai, a gente tem que assumir o que somos e levar esse tipo de situação na esportiva”, fala Iago da Silva. 

Ainda de acordo com Rosana Fuckner, o resultado de semanas de dedicação, que geraram a exposição, tem sido tão elogiado que a direção do Silveira da Motta estuda a possibilidade de montar a “galeria” em outro local. 

Fonte: PautaSJP

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