Duas adolescentes, de 14 e 15 anos, desaparecidas de Porto Alegre (RS) desde o dia 19, foram localizadas pela Guarda Municipal em São José dos Pinhais, na tarde de ontem. Elas foram encontradas, tentando caronas para chegar a Umuarama, no oeste do Paraná, para se encontrar com um garoto que conheceram pela internet. Depois de recolhidas pelo Conselho Tutelar, elas continuaram mentindo sobre suas identidades e destino, mas foram desmascaradas pelo diário da viagem que carregavam.
O desaparecimento mobilizou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Na tarde de ontem, contou o guarda municipal Kusch, de São José dos Pinhais, um homem que ia comprar pão reconheceu as meninas vistas na TV e chamou a Guarda. Elas estavam num posto de combustíveis da Avenida das Torres.
Diário
No Conselho Tutelar, elas se atrapalharam tentando dar os nome de seus pais, datas de nascimento e outros dados. A conselheira Eliane Suelen Barth disse que tentava encontrar documentos das adolescentes em suas bolsas, até que uma delas deixou à mostra um diário da viagem, que incluía os nomes completos das jovens, números de RG e outras informações pessoais. Desta forma, confirmou-se que eram as gaúchas desaparecidas. As meninas serão mantidas num abrigo até que os familiares ou a polícia gaúcha venham buscá-las.
Facebook
As meninas confessaram que a mais velha conheceu um rapaz de Umuarama pelo Facebook e planejou com a amiga conhecê-lo pessoalmente. Elas pegaram um ônibus até Florianópolis (SC), onde passaram o Natal e o Ano-Novo. Depois, conseguiram caronas com caminhoneiros até São José dos Pinhais. As jovens demonstraram que não tem intenção de voltar para casa, mas não disseram o motivo.
Diálogo pode evitar fugas
Para evitar que crianças e adolescentes fujam de casa, a conselheira Eliane Barth diz que os pais devem estar atentos ao que os filhos veem na internet, principalmente as conversas nas redes sociais. Deve-se sempre orientar os jovens, dando exemplos de casos como a das adolescentes gaúchas, que foram encontradas bem, e de jovens que são violentados e mortos. Um sintoma comum à maioria das famílias de crianças que fugiram é a falta de diálogo. “Percebemos que são pais e filhos não tem nenhum diálogo”, afirmou a conselheira. Os pais devem ser acessíveis aos adolescentes e nunca usar violência física ou psicológica. “Alguns pais usam o argumento de que apanharam na infância e nem por isto deixaram de ser “gente” . Por isto, não acham errado bater nos filhos”, alertou a conselheira.
Eliane Barth, contou que fugas de crianças e adolescentes acontecem quase diariamente. Mas nunca duram tanto tempo quanto a das meninas gaúchas e os “fujões” não chegam a transpor os limites do estado.
Fonte: Paraná Online
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