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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Seis meses após inauguração, ginásio de R$ 12 milhões é fechado

Aprovado para treinos para a Olimpíada de 2016, local deve ser reaberto em seis meses

Com capacidade para 4,5 mil pessoas, o Ginásio Max ­Rosenmann, em São José dos Pinhais, foi inaugurado em 6 de julho de 2012. Em novembro, recebeu os Jogos da Juventude do Paraná, competição que reuniu 7 mil atletas. Também foi aprovado como um dos locais para treinamentos nos Jogos Olímpicos de 2016. O espaço que custou cerca de R$ 12 milhões, porém, ainda não está terminado, não foi totalmente pago e, pior, já apresenta problemas estruturais e está fechado para o público.

Com os sistemas de luz, água e de segurança ainda não concluídos, o local não tem permissão do Corpo de Bombeiros para ser utilizado. A rede elétrica ainda é provisória, a fiação está exposta e o uso prolongado gera superaquecimento do sistema. Para a inauguração e os eventos do Jojup’s foram usados geradores extras, com alvarás provisórios dos bombeiros. Foi a única solução encontrada.

Nos banheiros, a água das torneiras volta pelos ralos

Pelas paredes e piso do ginásio, há vários sinais de infiltração. Falhas no telhado resultam em goteiras sobre as arquibancadas e a quadra poliesportiva. “Temos de manter as zeladoras a postos para, quando chove, providenciar baldes e secar o piso”, diz o secretário de Esportes do município  Thiago Bürher. Não bastasse, ao caminhar sobre a quadra de madeira, é possível sentir ondulações no piso.

Há ainda suspeitas de que a rede de esgoto esteja ligada diretamente no sistema de escoamento das águas pluviais. Nos banheiros, ao abrir quatro torneiras simultaneamente, em poucos segundos a água retorna pelos ralos.

“Suspeitamos que a empreiteira responsável pelas obras, a Endeal Engenharia, finalizou a obras às pressas, com o barateamento de vários produtos”, diz Bürher.

A empresa, por sua vez, afirma que a prefeitura de São José dos Pinhais pediu a posse do terreno antes do final da obra, sem que a Endeal tivesse recebido cerca de R$ 500 mil em serviços extras que foram informados, mas não firmados pelo município em termos aditivos ao projeto original. “Entramos com uma ação judicial contra a prefeitura, pedindo que um perito avalie os serviços prestados e não pagos”, diz um dos advogados que representa a firma, Fernando Vernalha Guimarães.

O secretário Thiago Büh­­rer afirma que itens foram feitos fora das especificações, como a caixa d’água, que, segundo ele, tem o diâmetro menor do que o necessário pa­­ra aprovação do Corpo de Bombeiros. Diante disso, será preciso refazer a estrutura totalmente.

A procuradoria do município investiga em que condições a obra foi solicitada e entregue, mas não se manifesta sobre o andamento da ação. “Tentamos levantar o que aconteceu no processo de construção do ginásio, mas, não recebemos informação nenhuma da gestão. Estamos no escuro”, diz Bührer.

A nova equipe da Se­­cre­­taria de Esportes planeja abrir outra licitação para a conclusão das obras e projeta a reabertura do local em seis meses. A intenção é que o ginásio receba projetos esportivos das categorias de base, visando à formação de novos talentos. Além disso, há a intenção de que o espaço possa abrigar um time de futsal profissional.

Fonte: Gazeta do Povo

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