Publicidade

segunda-feira, 4 de março de 2013

Setim anuncia nova gestão da Saúde

Mais do que ter recursos é preciso saber aplicá-los e oferecer um serviço final de qualidade à população

Há dois meses à frente do comando da saúde pública em São José dos Pinhais, o médico e secretário de Saúde Brasílio Vicente de Castro Filho, já tem um prognóstico do que encontrou na Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais: alto custo operacional da Secretaria de Saúde e a qualidade nos serviços até então prestados - que deixavam a desejar, além da necessidade imediata da organização administrativa pela falta da gestão pessoal e de recursos.

“Do jeito que estava a Secretaria não seria possível dar continuidade à gestão da Saúde de uma maneira satisfatória à população e coerente com as contas do município”, declarou Brasílio, que já foi secretário de Saúde em São José dos Pinhais durante a gestão 2001-2004 do prefeito Luiz Carlos Setim.

Para o secretário quando São José dos Pinhais assumiu a gestão plena da Saúde aumentou com isso os gastos, pois com a gestão plena o município se obrigou a fornecer todo atendimento do básico ao complexo, que antes era realizado através de convênios com outros municípios. “Foi necessário contratar emergencialmente empresas para fornecer os serviços terceirizados e hoje é que estamos tendo uma real noção de quanto isso está custando aos cofres públicos”, explicou.

Segundo o secretário, a parte boa com a contratação das empresas foi o aumento do número de atendimentos, já que o médico atende à demanda dentro do horário para que foi contratado, “Mas a parte negativa é o alto custo que o município está pagando, por isso a necessidade de rever contratos”.

Primeiras ações

Para poder organizar e melhorar a Saúde no município o secretário iniciou em janeiro um verdadeiro mutirão com sua equipe administrativa, uma vez que pouco se sabia sobre o quanto de fato estava custando ao município manter a Secretaria de Saúde.

“Diferente de quando fui secretário na gestão anterior do prefeito Setim, o que mais senti diferença ao reassumir a secretaria de Saúde foi a ‘liberalidade’ administrativa, ou seja, falta de hierarquia, de compromisso administrativo, controle de gastos e gerência de recursos humanos na saúde – é claro, se não há uma visão global não há como trabalhar”, explicou Brasílio.

Outra grande diferença apontada por Brasílio comparado à época em que foi secretário de Saúde é com relação ao orçamento da secretaria, que em 2012 usou 28% da arrecadação do município. Segundo o secretário, a Saúde no município pode utilizar 15% da arrecadação como recurso livre, que é o que o Governo Federal determina. “É possível fazer isso, só precisa de um correto gerenciamento de recursos. Se não adequar o orçamento da Saúde à realidade tributária nacional, o município não vai conseguir desenvolver outras áreas como a assistência social e a infra-estrutura”.

Revisão de Contratos

“A partir do momento que estamos descobrindo o quanto a saúde realmente custa e o que precisamos ofertar para a população é que estamos revendo contratos, tanto em prazos, prestação de serviços e custos, se estão adequados à realidade. Estamos mantendo o ritmo da secretaria e buscando adequar os contratos à realidade sem com isso diminuir a qualidade e os atendimentos”.

Novos horários

Uma das mudanças que o secretário precisou promover foi nos horário das Unidades de Saúde. Segundo o secretário as Unidades de Saúde sempre funcionaram em horário de expediente administrativo, pois nelas acontecem os atendimentos eletivos, ou seja, consultas agendadas, assim como funciona em consultórios particulares. “Esse horário foi ampliado nos meses finais do ano passado e isso praticamente dobrou o custo para se manter essas unidades, com o pagamento de horas extra ou a contratação de mais funcionários em escala. Com a volta do atendimento em horário comercial não está havendo redução no número de consultas e sim uma adequação delas dentro de um horário estabelecido”, explicou o secretário Brasílio, lembrando que para casos de emergência existem Pronto Atendimentos 24 horas.

Hospital São José

Segundo o secretário Brasílio, quando sua equipe assumiu o Hospital São José não se tinha idéia de quanto era o custo para conseguir administrar a entidade, pois se trata de um verdadeiro complexo administrativo que abrange não apenas o corpo médico, mas também cozinha, lavanderia, e setor administrativo. “Agora temos administradores formados em administração hospitalar e isso representa uma grande diferença”.

De acordo com Brasílio o município dispõe de 140 leitos no hospital são José e de mais 30 no Hospital Atílio Talamini. “Se fôssemos calcular pelo percentual da população hoje precisaríamos dispor de no mínimo 400 leitos, é um desafio”.

Visão da Administração

O secretário de Saúde Brasílio Vicente de Castro disse que quando foi convidado pelo prefeito Luiz Carlos Setim para assumir a Secretaria de Saúde sabia que o desafio seria grande, pois a proposta principal para a gestão da Saúde é melhorar os serviço à população. “Não basta ter o recurso, é preciso saber aplicá-lo e mais do que isso, oferecer um serviço final de qualidade”.

Dentro das propostas da visão do prefeito Setim estão a ampliação dos serviços, com a diminuição do tempo e espera por exames e consultas; mais oferta de remédios, criação de programas da Saúde, como o Mãe São-joseense, mais unidades de pronto atendimento 24 horas, além da estruturação do Hospital, com a ampliação do número de leitos.

Como parte das ações imediatas da Secretaria, as Unidades de Saúde vão receber reforma e benfeitorias nos próximos meses, adequando as atuais estruturas a um melhor atendimento, como tem solicitado a população. “Em momento oportuno estaremos informando as datas e os locais onde vão ocorrer as obras na Saúde”.

Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais

0 comentários:

Postar um comentário