No bairro Vila Braga, existem três grandes condomínios e outro está em construção. Tratam-se de conjuntos residenciais com mais de 100 apartamentos onde moram centenas de pessoas. Uma familiaridade entre os prédios antigos é a limitação de locais de lazer para as famílias. As quadras de esporte e parquinhos de diversão, e áreas de convivência em geral, dão lugar a estacionamentos de carros. Nesta localidade, síndicos dos condomínios estão se organizando para articular com a Prefeitura novas áreas públicas de lazer.
João Foggiatto representa o Residencial Ouro Verde II, na Rua Rua Magali Aparecida Pampuch, que conta com 96 apartamentos. “Se houver uma melhor infraestrutura de lazer os moradores não precisarão se deslocar para outros bairros para brincarem com seus filhos, aumentando o número de veículos nas ruas. É uma questão de regionalização, em que o lazer acontece perto de casa. Também existe a questão de segurança, pois, em volta dos condomínios, as ruas são escuras e muitos moradores são assaltados”, aponta João Foggiatto.
Alexandre Côrtes, do Residencial Jardim das Américas, que faz fundo com a Rua José Augusto Gasparello, fala em adoção de área de lazer. “Caso a Prefeitura implante uma infraestrutura com pista de caminhada, um parque de diversão, entre outras benfeitorias, nós podemos nos comprometer a adotar e cuidar do local. Em breve, um novo conjunto residencial será erguido com mais de 100 apartamentos. E com o Residencial Ouro Verde I seremos mais de 2.400 moradores”, avalia Alexandre Côrtes.
João e Alexandre estão formando um grupo para pleitear na Prefeitura a instalação de uma área de lazer pública entre as ruas Pampuch e Gasparello. No meio do local há um grande espaço particular, atualmente, tomado pelo mato.
Cesar Ferreira, residente no Ouro Verde II, quando tem tempo leva o filho pequeno ao Parque São José dos Pinhais. “Lá é muito bacana, mas é um momento de fim de semana”, diz Cesar Ferreira. O vizinho, Rafael Cavalcanti, circula com seu cachorro na rua. “Ele fica meio assustado com os carros, porém, é uma forma de passear com ele”, fala Rafael Cavalcanti.
A reportagem, ainda antes do resultado da mobilização dos síndicos, procurou a Secretaria Municipal de Urbanismo. O secretário Marcelo Ferraz comentou que este tipo de reivindicação é natural na medida em que muitos grandes conjuntos habitacionais foram erguidos em São José dos Pinhais. “O pedido de área de lazer no entorno destes condomínios deve ser muito bem fundamentado, pois avaliaremos caso a caso”, responde o secretário.
“Em um primeiro momento, houve o atendimento a um déficit habitacional do mercado que era muito necessário. A tendência é que a Prefeitura seja mais criteriosa na autorização destes conjuntos residências pelo impacto social. No caso de bairros afastados, pode ser interessante para a construtora erguer um prédio em um local em que o metro quadrado é mais barato, mas não é interessante para a cidade, pois a necessidade de ônibus, creches e postos de Saúde, e de opções de lazer, é imediata, incluindo a estrutura viária para os carros”, acrescenta Marcelo Ferraz.
Fonte: PautaSJP
0 comentários:
Postar um comentário