Jucilene Lima mora no bairro Quississana e usa com frequência ônibus no Pinheirão para ir até Guaratuba
Em São José dos Pinhais, o único local onde é possível pegar ônibus rodoviário é no quiosque do Pinheirão. Não há condições para os usuários e principalmente falta de segurança. Há cerca de dez anos, a Delegacia Central registrou queixa de um estupro dentro da “casinha” que até hoje serve de abrigo aos passageiros. A possibilidade de uma solução em curto prazo é mínima, pois o último projeto para a implantação de um ponto rodoviário e, até mesmo uma rodoviária, é de 1997. Se houvesse mais estrutura para o embarque de passageiros na cidade milhares de usuários das viagens estaduais e interestaduais, que moram perto do município, não precisariam se deslocar até a Rodoviária de Curitiba, aumentando o trânsito na Capital, principalmente em véspera de feriado.
Jucilene Farias Lima mora no bairro Quississana e usa com frequência ônibus no Pinheirão para ir até Guaratuba, no Litoral, visitar o pai. Ela veio de Guaraniaçu, interior do Paraná, e não gosta da falta de segurança e o transtorno de ir até Curitiba.
“Para chegar na Rodoviária de Curitiba preciso pegar dois ônibus e de taxi é muito caro. É muito mais fácil e rápido pegar ônibus aqui no Pinheirão, porém, o lugar é inadequado", reclama Jucilene, que diz não conseguir comprar passagem no fim de semana porque a venda ocorre apenas de segunda a sexta. Sueli Cardozo também pega ônibus toda semana para Guaratuba e critica as condições. “De noite é muito perigoso, tem vários meninos de rua que vem pedir dinheiro, não vejo segurança nenhuma", queixa-se Sueli Cardozo.
Segundo o empresário Irapuan Cortes Santos, da Yup Turismo, em 1997, ano de primeiro mandato do prefeito Luiz Carlos Setim, foi feito um levantamento sobre melhorias no local. Para Irapuan, já naquela época existia a necessidade de uma rodoviária.
“Em uma reunião antiga, na Associação Comercial de São José dos Pinhais (Aciap) com companhias rodoviárias, Urbs e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), discutimos com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) sobre a construção de uma rodoviária. Na época do prefeito Leopoldo Meyer, havia sido destinada uma área para a construção de uma rodoviária nas margens da BR-376”, fala Irapuan Santos.
O empresário foi diretor de Turismo na gestão anterior, do prefeito Ivan Rodrigues, quando trabalhou na Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. “Foi cogitada a possibilidade de uma rodoviária nos moldes de uma PPP (Plano de Participação Privada), como na cidade catarinense de Garuva, mas a proposta não andou. Realmente, a falta de infraestrutura prejudica os usuários, principalmente quando eles precisam atravessar a BR 376 de um lado ao outro carregando malas. Já aconteceu várias vezes dos clientes comprarem bilhete conosco e o ônibus não parar no ponto, passando direto", aponta Irapuan.
Suspensão de embarque
Há alguns anos, a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) suspendeu o embarque e desembarque de passageiros em ônibus de viagens em frente ao Pinheirão. Dias depois a autorização, informal, foi restabelecida. Procurada pela reportagem, o órgão federal se mostra à espera de uma rodoviária. “Houve a promessa para a construção de um terminal rodoviário em São José dos Pinhais, o que não aconteceu" comenta Noel Narquardt Pereira, supervisor de fiscalização da ANTT.
O Decreto 2.521/98 da agência dispõe do artigo 40: "É permitido o embarque e o desembarque de passageiros nos terminais das linhas, em seus respectivos pontos de seção ou nos pontos de paradas, observando o disposto no inciso VI do artigo 52 desse decreto".
O Secretario Municipal de Transporte e Trânsito, Adriano Muhlstedt, diz que o projeto de uma rodoviária precisa contemplar um terreno, uma estrutura e um estudo de impacto com relação ao trânsito. "Eu desconheço se há projeto anterior, mas vejo uma possibilidade, uma demanda que nós temos dentro do município que tem que ser avaliada. O que dificulta é a proximidade com Curitiba", relata o secretario.
Ainda de acordo com o secretário, que também é o responsável pela Secretaria de Segurança, o atual local merece atenção no patrulhamento, porém, precisaria ser estudado um planejamento de ronda no local. "Falta de segurança temos em toda a cidade e estamos nos desdobrando ao máximo para tentar amenizar e reduzir esse problema. O patrulhamento é uma questão a ser colocada", projeta Adriano.
A coordenadora da Câmara Setorial de Turismo da Aciap, Fernanda Ferraz, considera que uma rodoviária ampliaria o acesso às vocações naturais do município. “Temos que potencializar as opções turísticas, no que diz respeito à logística, turismo, agricultura, dentre outras características. Ter uma rodoviária facilitará a integração entre vários estados e contribuirá para o desenvolvimento sócio econômico da cidade e principalmente melhorar a qualidade de vida e mobilidade de todos”, opina Fernanda Ferraz.
Fonte: PautaSJP
Em São José dos Pinhais, o único local onde é possível pegar ônibus rodoviário é no quiosque do Pinheirão. Não há condições para os usuários e principalmente falta de segurança. Há cerca de dez anos, a Delegacia Central registrou queixa de um estupro dentro da “casinha” que até hoje serve de abrigo aos passageiros. A possibilidade de uma solução em curto prazo é mínima, pois o último projeto para a implantação de um ponto rodoviário e, até mesmo uma rodoviária, é de 1997. Se houvesse mais estrutura para o embarque de passageiros na cidade milhares de usuários das viagens estaduais e interestaduais, que moram perto do município, não precisariam se deslocar até a Rodoviária de Curitiba, aumentando o trânsito na Capital, principalmente em véspera de feriado.
Jucilene Farias Lima mora no bairro Quississana e usa com frequência ônibus no Pinheirão para ir até Guaratuba, no Litoral, visitar o pai. Ela veio de Guaraniaçu, interior do Paraná, e não gosta da falta de segurança e o transtorno de ir até Curitiba.
“Para chegar na Rodoviária de Curitiba preciso pegar dois ônibus e de taxi é muito caro. É muito mais fácil e rápido pegar ônibus aqui no Pinheirão, porém, o lugar é inadequado", reclama Jucilene, que diz não conseguir comprar passagem no fim de semana porque a venda ocorre apenas de segunda a sexta. Sueli Cardozo também pega ônibus toda semana para Guaratuba e critica as condições. “De noite é muito perigoso, tem vários meninos de rua que vem pedir dinheiro, não vejo segurança nenhuma", queixa-se Sueli Cardozo.
Segundo o empresário Irapuan Cortes Santos, da Yup Turismo, em 1997, ano de primeiro mandato do prefeito Luiz Carlos Setim, foi feito um levantamento sobre melhorias no local. Para Irapuan, já naquela época existia a necessidade de uma rodoviária.
“Em uma reunião antiga, na Associação Comercial de São José dos Pinhais (Aciap) com companhias rodoviárias, Urbs e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), discutimos com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) sobre a construção de uma rodoviária. Na época do prefeito Leopoldo Meyer, havia sido destinada uma área para a construção de uma rodoviária nas margens da BR-376”, fala Irapuan Santos.
O empresário foi diretor de Turismo na gestão anterior, do prefeito Ivan Rodrigues, quando trabalhou na Secretaria Municipal de Indústria e Comércio. “Foi cogitada a possibilidade de uma rodoviária nos moldes de uma PPP (Plano de Participação Privada), como na cidade catarinense de Garuva, mas a proposta não andou. Realmente, a falta de infraestrutura prejudica os usuários, principalmente quando eles precisam atravessar a BR 376 de um lado ao outro carregando malas. Já aconteceu várias vezes dos clientes comprarem bilhete conosco e o ônibus não parar no ponto, passando direto", aponta Irapuan.
Suspensão de embarque
Há alguns anos, a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) suspendeu o embarque e desembarque de passageiros em ônibus de viagens em frente ao Pinheirão. Dias depois a autorização, informal, foi restabelecida. Procurada pela reportagem, o órgão federal se mostra à espera de uma rodoviária. “Houve a promessa para a construção de um terminal rodoviário em São José dos Pinhais, o que não aconteceu" comenta Noel Narquardt Pereira, supervisor de fiscalização da ANTT.
O Decreto 2.521/98 da agência dispõe do artigo 40: "É permitido o embarque e o desembarque de passageiros nos terminais das linhas, em seus respectivos pontos de seção ou nos pontos de paradas, observando o disposto no inciso VI do artigo 52 desse decreto".
O Secretario Municipal de Transporte e Trânsito, Adriano Muhlstedt, diz que o projeto de uma rodoviária precisa contemplar um terreno, uma estrutura e um estudo de impacto com relação ao trânsito. "Eu desconheço se há projeto anterior, mas vejo uma possibilidade, uma demanda que nós temos dentro do município que tem que ser avaliada. O que dificulta é a proximidade com Curitiba", relata o secretario.
Ainda de acordo com o secretário, que também é o responsável pela Secretaria de Segurança, o atual local merece atenção no patrulhamento, porém, precisaria ser estudado um planejamento de ronda no local. "Falta de segurança temos em toda a cidade e estamos nos desdobrando ao máximo para tentar amenizar e reduzir esse problema. O patrulhamento é uma questão a ser colocada", projeta Adriano.
A coordenadora da Câmara Setorial de Turismo da Aciap, Fernanda Ferraz, considera que uma rodoviária ampliaria o acesso às vocações naturais do município. “Temos que potencializar as opções turísticas, no que diz respeito à logística, turismo, agricultura, dentre outras características. Ter uma rodoviária facilitará a integração entre vários estados e contribuirá para o desenvolvimento sócio econômico da cidade e principalmente melhorar a qualidade de vida e mobilidade de todos”, opina Fernanda Ferraz.
Fonte: PautaSJP
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