No próximo sábado (25), acontece na capital paulista o XII Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo pela Federação NABBA. A atleta Tali Coelho, de 25 anos, compete na categoria Toned.
Tali Coelho treina musculação há 12 anos e há dois decidiu competir como fisiculturista pela Federação Brasileira de Musculação (NABBA). Ano passado, Tali alcançou o 2º lugar na categoria Toned. No dia 11 de maio deste ano, conquistou título nacional em duas categorias, sendo na Overhall e Toned, etapa em que venceu várias competidoras do Paraná e Santa Catarina.
Segundo Tali Coelho, o treino de fisiculturismo, além dos exercícios intensos, também gera uma grande disciplina quanto a dieta e vida social. Devido às poucas horas que tem que comer, é preciso sempre uma boa noite de sono.
“A preparação é complicadíssima. Treino três vezes ao dia. Acordo às 5h30 e faço aeróbico em jejum. No meio da tarde musculação pesada e de noite ando de patins no Parque Barigui por cerca de duas horas”, explica a atleta.
Sua dieta é baseada em zero de carboidrato e somente proteína, sendo arroz, batata doce, frango e ovos. “Não existe segredo, você é o que você come. Em resumo, 80% do treino e da preparação é a alimentação, e o resto é treino pesado e muita dedicação”, dá a dica Tali Coelho.
Sem vida social como a maioria dos jovens, Tali tenta sair com os amigos, mas com muitas restrições. Não podendo ingerir bebida alcoólica, ela ainda precisa se alimentar a cada duas horas, precisando levar comida na bolsa para não fugir da dieta. “Tenho que ir ao banheiro para poder comer e é muito desagradável, então é melhor ficar em casa, além de tudo, não posso dormir tarde”, comenta a fisiculturista.
Em busca de mais patrocínios
Atletas do fisiculturismo enfrentam a falta do patrocínio e reconhecimento na área. Para a prática, é preciso suplementos de qualidade e um bom treinamento físico. Muitos são assessorados na academia por personal trainer.
Suplementos custam caro, principalmente quando se está em preparação para uma competição. Como os atletas não comem todos os alimentos, os suplementos repõem as necessidades de fibras e proteínas, por exemplo. A atleta tem a ajuda da academia Space Gym e de um personal, o que resulta em uma ajuda de custo de cerca de R$ 1.500,00.
“Os gastos com suplementos são muito altos. Estou em busca de novos patrocinadores para poder ir ao campeonato brasileiro em São Paulo dia 25 de maio”, projeta Tali.
A atleta pensa em voltar a trabalhar caso não se classifique para o Mundial, já, que sem patrocínio, fica inviável manter o treinamento. Para se dedicar 100% nos campeonatos, Tali decidiu não trabalhar. Ela também reclama que o esporte é muito difícil no Brasil.
“Não é um esporte reconhecido, sofremos muito, nos doamos muito. É uma atividade saudável e ainda existe preconceito com nosso estilo de vida. Não é só um esporte, é um jeito de viver”, desabafa a atleta.
Fonte: PautaSJP
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