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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Artigo - As férias das crianças vão acabar... e o que fazer?

Luci Moro Rosa é proprietária em SJP da Vivência - Psicomotricidade Relacional

Geralmente a preocupação dos pais é o que fazer com os filhos no período de férias escolares, principalmente no meio do ano, quando nem sempre é possível conciliar as férias de todos na família. Então, surgem as possibilidades de participação das crianças em colônias de férias, ficar com algum parente... Enfim, cada família consegue arranjar uma estratégia e lidar com esta situação, aproveitando as dicas que sempre são dadas por profissionais da área de educação e saúde em programas de televisão e em ou outros meios de comunicação.

Entretanto, há dois aspectos que para mim são muito importantes e pouco abordados em relação às férias de julho. O primeiro deles é que se trata de um período em que o estudante precisa dar uma pausa. Sim, é necessário que não tenha contato com a realidade escolar (e aí abro um parênteses para dizer que fugir das colônias de férias oferecidas pelas escolas seria uma boa escolha, sempre que possível). Além disso, é importante dar um tempo, quebrar a rotina puxada do dia a dia dos alunos – sim, é desgastante para as crianças, pois algumas chegam a permanecer por volta de 8 horas ou mais nas instituições de ensino! 

Neste sentido, as férias não são o momento adequado para realizar tarefas de reforço, sejam elas com o intuito de recuperar o atraso daquele que não está indo bem, ou com o objetivo de manter o hábito de estudo. Férias são para se divertir, ficar sem fazer nada (lembram da história do “ócio produtivo”? Crianças precisam disto também!) e se distrair. É isto tudo que fará com o que o retorno às aulas seja produtivo.

E falando em produtividade, chegamos ao segundo aspecto que quero abordar. Já no primeiro semestre do ano letivo é possível notar quando a criança está com alguma dificuldade. Sendo assim, é logo no retorno às aulas que se deve pensar em um auxílio extra para aquelas que não estão com a aprendizagem satisfatória.

Assim, cabe aos educadores comunicar aos pais quais os casos merecem um reforço, seja na própria escola ou com outro profissional. As dificuldades variam muito e da mesma forma varia qual a intervenção mais adequada (refiro-me aqui à psicopedagogia, psicomotricidade relacional, aula particular, serviço de orientação, psicologia, entre outros). Cada um destes atendimentos tem a sua contribuição, basta identificar com qual deles o perfil da criança melhor se encaixa, o que vem a facilitar e agilizar todo o processo.

Depois de um período de descanso e de retomada da rotina, pode ser mais fácil para o aluno enfrentar as situações que não estão tão bem. Deixar para buscar auxílio nos meses finais do ano letivo pode até fazer com que a aprovação aconteça, mas o aproveitamento do conteúdo pode ser comprometido.

Luci Ane Moro Rosa – Especialista em Psicomotricidade Relacional (CIAR/FAP), Especialista em Tecnologias Educacionais (PUCPR), Especialista em Educação Infantil e Séries Iniciais (IBPEX) e Pedagoga (UFPR).

Contato luci.ane@vivenciarelacional.com.br.

Fonte: PautaSJP

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