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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Chuva, alagamento e protesto

População protesta contra alagamentos e interditam a Avenida Rui Barbosa no bairro Guatupê.

Centenas de pessoas se reuniram em protesto na região do Guatupê, a manifestação se deu depois que várias casas foram inundadas nas proximidades da Avenida Rui Barbosa com a Rua Laertes Funelon que dá acesso ao bairro do Ipê. Devido as fortes chuvas dos últimos dias várias regiões da cidade sofreram com o excesso que castigaram os munícipes nos últimos dias. Na Avenida Rui Barbosa com a Laertes Funelon os alagamentos são constantes, e segundo os moradores toda chuva forte acontece a mesma coisa e há anos nada acontece para resolver o problema. Bomba relógio: Cansados de esperar por soluções os moradores se organizaram e partiram para a ação. Foi na manhã de sexta-feira dia 21 junho, que os moradores interditaram várias ruas e protestaram em busca de soluções.


INDIGNAÇÃO “Moro há dez anos aqui e nunca foi feito nada pra nos ajudar. Entra e sai administração e nós continuamos esquecidos,” desabafou a moradora Dinorá Aparecida Pimpão. Com o trânsito parado, motoristas que passavam pelo local ficaram sem alternativas; a solução foi aguardar enquanto ouviam gritos de protesto contra aquela situação. “O povo não aguenta mais tanto descaso no país. Aqui nós não estamos pedindo, estamos exigindo. Cadê o dinheiro dos nossos impostos? Quem vai pagar nossos prejuízos com a perda de nossos móveis comprados com tanto sacrifício?” Perguntava em voz alta a senhora Vilma Dos Santos Barbosa. Bem perto dali, a moradora Celina de Oliveira de 72 anos desabafava: “Acabei de comprar um guarda roupas e perdi por conta da enchente. Quem vai me ressarcir? “ Dizia Ela.

AUTORIDADES NO LOCAL

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O vereador professor Abelino, também esteve conversando com moradores. Para ele já passou da hora de buscar uma solução, se comprometendo em enviar ofícios ao poder executivo em busca de respostas que atendam as solicitações da população.


O Vice-Prefeito Antonio Benedito Funelon ( o Toninho Da Farmácia) esteve no local e foi cercado pela população enquanto dava explicações e buscava alternativas para solucionar o problema.
“Entendemos as dificuldades das pessoas e não fugimos das nossas responsabilidades. Já acionei algumas pessoas, como o secretário de obras do município que está vindo para cá. Vamos ouvir a população e posteriormente fazer uma avaliação técnica com profissionais para buscarmos uma solução. Eu como ninguém, quero ver o problema resolvido,” disse.

PRESSÃO POPULAR
Ao mesmo tempo, enquanto o vice-prefeito falava a este repórter, os moradores cobravam incessantemente uma data pré-estabelecida para a chegada das obras no local. “Queremos um compromisso assumido, daí sim, podemos ir embora mais tranquilos. Pode escrever: Se não for solucionado vamos nos reunir e parar tudo.” Dizia o morador Marcílio Augusto de Souza.

A passos de tartaruga
É assim que várias obras andam Brasil afora. Em São José dos Pinhais não é diferente.
Exemplo: O projeto do Rio Itaqui iniciou em 2003, e tem como objetivo remover famílias que vivem em áreas impróprias as margens do Rio Itaqui, buscando eliminar os riscos de enchente e criar o Parque Linear do Itaqui na região do bairro Guatupê, que terá extensão de 18 km. Mas passados mais de 10 anos, as imagens que vemos são essas:

Voz do povo


As fortes chuvas dos últimos dias contribuíram muito para que vários alagamentos ocorressem em vários pontos da cidade, principalmente em região mais baixas ou que são próximas de rios que cortam o município. As enchentes não são privilégios de São José dos Pinhais, mas de todas as cidades castigadas nos últimos dias com as chuvas constantes. A população tem consciência disso, sentimos que, o que incomoda é a falta de políticas públicas que realmente atendam suas necessidades. Quando o povo se revolta e partem para o combate propriamente dito, é porque foram rompidos os tratados de tolerância entre o povo e seus representantes no poder.

Fonte: Repórter Régis Santos

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