Publicidade

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Alunos de muay thai de SJP reclamam de certificação de graduação

O professor Diego Padilha, com um aluno, mostra o certificado da Confederação de Muay Thai do Brasil, que deve constar em todos as graduações validadas

Em tempos de MMA (Artes Marciais Mistas) no UFC, o modelo de luta soberano quando os atletas estão em pé no octógono é o muay thai, também chamado de boxe tailandês, referência ao país de origem. Em São José dos Pinhais, a prática do muay thai tem ganhado muitos alunos entre homens e mulheres, porém, como toda arte marcial que se expande rapidamente, existem especificidades de validação das aulas. 

A Confederação de Muay Thai do Brasil (CMTB) trabalha para normalizar a modalidade no País, que chegou ao Brasil no final dos anos 70. A queixa de alunos de São José dos Pinhais sobre a certificação de graduação reflete a dificuldade em fiscalização do treinamento. 

Um dos alunos que recebeu certificados sem validade pagou R$ 140,00: uma ponta vermelha e outra vermelha. “Me esforcei e treinei para ter minhas graduações e é como se o meu esforço não valesse, me senti muito mal quando soube”, relata o aluno que não quer ter seu nome revelado.

Ele terá que refazer as graduações no final do ano com o atual professor Diego Cristofer Padilha, da equipe Punhos de Aço. Diego Padilha diz que o estatuto da modalidade prevê que não se pode fazer um certificado apenas pelo fato de haver uma academia aberta, porque só empresa consegue emitir a certificação. “Assim que a luta caiu na mídia, em cada esquina, se encontra uma academia que ensina lutas marciais e alguém se intitulando professor”, avalia o atleta.

Segundo o presidente da confederação de muay thai, André Gomes, a CMTB está visitando academias e federações para esclarecer aos praticantes e professores a importância da graduação. “Aquele que não tem qualificação técnica, nem graduação, não pode dar aula, estão aplicando um verdadeiro golpe de estelionato”, acusa André Gomes, que trabalha em Campinas-SP. Ainda segundo o presidente, a Confederação do Brasil de Muay Thai é a maior entidade gestora da modalidade no País com 22 estados filiados.

Fabio Assolari, que dá aula em uma academia da cidade, foi procurado pela reportagem para ser ouvido quanto a queixa de que emitiu certificado sem validação. Ele se defende e nega o fato. “O certificado que o aluno diz ser falso, na verdade, é um certificado dado em comemoração interna e deixamos bem claro que se o aluno quiser o da confederação, a qual fazemos parte, daremos a ele”, fala Fabio Assolari. 

“Eu faço parte da Federação Paranaense de Lutas, MMA e Vale Tudo, e nessa federação o meu certificado é válido. O certificado que foi mostrado é de 2011 e não emitimos mais. O certificado vale em outras academias sim, com efeito interno. Eu afirmo a graduação”, garante Fabio Assolari.

“Não estamos aqui para estragar o trabalho de ninguém e sim, nos unirmos para fazermos um trabalho formal”, acrescenta Cristofer, que cita o site oficial da CMTB para quem busca informações de academias federadas, http://www.cmtb.com.br.

Fonte: PautaSJP

0 comentários:

Postar um comentário