A professora da rede estadual Raphaela de Macedo participou do encontro
A bicicleta como envolvimento com a arte, incluindo a música e o cinema, oficina de plantas, Yoga, discussão sobre a importância da mobilidade, entre outros temas fizeram parte da Musicletada, realizada sábado (26), das 10h às 18h, na Praça Getúlio Vargas, como ação paralela ao Virada Cultural, programa do governo do Estado que aconteceu na Praça do Verbo Divino. A união da bike com a arte pela primeira vez em São José dos Pinhais gerou um debate inédito na cidade quanto a bicicleta e mobilidade com representantes da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), Prefeitura e imprensa.
O bate papo foi embasado em quatro questões, sendo o uso da bicicleta como lazer e trabalho no município, a relação entre os são-joseenses e a cidade, o que gera a imobilidade urbana e a cultura das bikes. Participaram Jorge Gomes Brand (o Goura), Cristiano Prosa e Bento Eliseu Aleixo, integrantes da Ciclo Iguaçu, e o arquiteto da Prefeitura, Juliano Geraldi. A mediação do debate foi feita pelo jornalista Marcos Rosa Filho.
Para o professor da rede estadual e cicloativista Cristiano Prosa, as dificuldades de mobilidade em São José dos Pinhais vão além das bikes. “Temos ruas em que as calçadas são estreitas e as placas de trânsito dificultam a vida dos pedestres. Quanto aos ciclistas, faltam sinalizações de que as ruas tem ciclistas e isto ajuda na conscientização dos motoristas”, disse Cristiano Prosa.
O advogado e policial militar Bento Aleixo utiliza a bicicleta para ir trabalhar a partir de SJP até a Capital, no Comando Geral da PM no Estado, onde é assessor jurídico. “Não é fácil deixar o carro em casa quando se pensa e ir ao trabalho de bicicleta, mas somente quando ocuparmos as ruas e nos mostrarmos é que esta relação vai se equilibrar. Sobre São José dos Pinhais, consultei o orçamento que está sendo aprovado para 2014 e não constatei nenhum projeto específico para as bicicletas”, criticou Bento Aleixo.
Segundo o arquiteto Juliano Geraldi, a Prefeitura planeja a implantação de mais ciclovias e com a ideia de ampliar principalmente os locais que possam ter ciclofaixas. “Entendemos que bicicleta não é apenas para lazer. Em Curitiba, a maioria das ciclovias unem os parques municipais e agora há a cobrança de que faltam vias específicas ou compartilhadas para quem vai ao trabalho. O Poder Público Municipal está atento a isso e a ampliação de vias para a mobilidade tem sido parte do planejamento urbano”, contou Juliano Geraldi.
Jorge Brand se diz feliz pela bicicleta ter alcançado a posição de ícone cultural, mas enfatiza que ainda há muito por fazer. “As relações entre os usuários e o Poder Público devem se aproximar. O movimento mostra para os políticos que além da diminuição de carros e da poluição existe a melhoria da Saúde. Deve-se favorecer o deslocamento também entre as cidades metropolitanas e a Capital. A CicloIguaçu está a disposição da Prefeitura do município para repassar informações que contribuam com mobilidade”, falou Jorge Brand.
Fonte: PautaSJP
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