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terça-feira, 25 de março de 2014

Montado ou desmontado? Polêmica sobre bicicleta na Rua XV

O professor e cicloativista Cristiano Rosa defende a pedalada na XV

Antigamente, quando um governo se comunicava com a sociedade para a melhoria do município, as informações tratavam basicamente de Educação, Saúde e Segurança. Atualmente, estas três necessidades fazem parte do que as comunidades mais se queixam, do trânsito. O tráfego entre veículos como carros, ônibus, motos e bicicletas e mais os pedestres traz problemas de educação de trânsito, poluição e atropelamentos. Semana passada, uma indicação na Câmara Municipal, de aumento da fiscalização de quem anda de bicicleta na Rua XV causou polêmica. O assunto foi tratado em debate sobre a bicicleta e a mobilidade no Teatro Sesi São José dos Pinhais, em evento organizado pela Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu, na última sexta (21).

Em protesto contra a indicação do vereador Abelino (PT), que cobra mais fiscalização contra o uso das bikes na principal rua central da cidade, ciclo ativistas ocuparam uma vaga de estacionamento em frente da Câmara por várias horas na sexta de manhã. 

“Foi uma forma de mostrar que a via pública deve ser compartilhada por motoristas e pedestres, pois a cidade é de todos. Um município com mais ciclovias e ciclofaixas vai melhorar a qualidade de vida da população em geral”, diz o professore da rede estadual, Cristiano Pedro Rosa, que já participou desta ação de ocupar as vagas dos veículos também na Capital.

Sobre a indicação no Legislativo, o professor comenta que ela foi infeliz. “A Rua XV é um local com câmeras de segurança onde não passam carros. Para o ciclista, como não é fácil andar de bicicleta nas ruas de São José, seria um local ideal. Já sugerimos para a Prefeitura uma via de bikes sinalizada e liberar o trânsito das bicicletas em toda a rua quando cai a noite”, avalia Cristiano.

O Código de Posturas de São José dos Pinhais é claro na legislação da Rua XV que fala apenas em tráfego de ciclistas desmontados de suas bicicletas, não permitindo o deslocamento pedalando. O vereador Abelino falou que vai se informar mais sobre a legislação e que sua indicação ficou mal formulada. 

“Deu a impressão que não queremos bicicletas nas ruas. Farei um complemento sobre esta indicação e me coloco como padrinho dos ciclistas para levar à Câmara assuntos de interesse de quem anda de bibicleta”, comenta o vereador, que atendeu convite da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu e participou do encontro no Teatro Sesi.

De acordo com a Prefeitura de São José dos Pinhais, por meio do diretor do Departamento Municipal de Trânsito, Eduardo Umbria, quando se analisa a circulação de bicicletas em vias públicas sempre é necessário considerar que trata-se de um modal e que a sua circulação deve ser em ciclovias, ciclo faixas ou compartilhando a pista de rolamento. 

"O calçadão da Rua XV de Novembro nada mais é do que uma extensão ao passeio existente, ou seja, o fato de ser mais largo que passeios comuns não o torna uma via apropriada para a circulação de bicicletas, por isto a restrição de circulação de ciclistas montados em suas bicicletas", explica Eduardo Umbria.

O diretor acrescenta que "em relação a legislação existente, é possível mencionar o Capítulo IV do Código de Trânsito Brasileiro que discorre sobre os pedestres e condutores de veículos não motorizados."

Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres. O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.

Fonte: PautaSJP

Um comentário:

  1. Eu sou a favor da proibição, várias vezes andando quase fui atropelada por um ciclista, sem falar que o calçadão da Rua XV é para andar, curtir, tem idosos caminhando, pessoas com crianças, e crianças que as vezes largam da mão dos pais para ver um pombo ou olhar outra coisa, ai temos que nos cuidar com as bicicletas.... é uma questão de bom senso. Existiam placas sim com adesivos de proibição, acredito que os proprios usuários arrancaram as placas.

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