"O canteiro de obras está sempre vazio", queixa-se Elvis Ruiz da Silva
As duas trincheiras em construção na Avenida Américas, centro de São José dos Pinhais, terão o fluxo liberado em junho. Como outras obras de trincheiras na cidade que fazem parte dos projetos de mobilidade do Programa de Aceleração do Crescimento da Copa do Mundo, a parte de baixo não ficará pronta. Ao contrário das demais trincheiras em construção, o fluxo de veículos por cima será menor, devido ao trânsito que vem e vai a Curitiba pelo bairro Boqueirão. Foi o projeto de trincheira que começou mais cedo a ser construído e atualmente o mais atrasado. Segundo comerciantes, isto ocorre a olhos vistos.
“Todo dia nós estamos aqui com a loja aberta trabalhando, o que não acontece nesta obra. O atendimento aos clientes fica prejudicado e então teremos mais tempo de transtorno do que o previsto”, queixa-se Elvis Ruiz da Silva, dono de uma loja de películas para carros na Avenida das Américas esquina com a Manoel Ribeiro de Campos.
“Os clientes chegam e reclamam da dificuldade em comprar com a gente. Sabíamos que estava demorado, mas pelo menos havia uma data de finalização das trincheiras por causa da Copa. E depois dos jogos quando será que isto vai terminar?”, questiona Rute Teixeira, que trabalha no comércio de equipamentos de Gastronomia, também na Américas.
Durante o Mundial da FIFA, o projeto da Avenida das Américas ficará parado por um mês até o retorno da construção. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, que dá apoio técnico e disponibiliza a Guarda Municipal na orientação aos motoristas e pedestres. A pergunta é se haverá alteração na programação das secretarias como Trânsito e Urbanismo. O departamento de Comunicação recebeu o pedido e informou que irá retornar.
A responsabilidade pela contratação das empresas e fiscalização dos projetos é da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), órgão do Governo do Paraná. Os recursos financeiros são do Governo Federal. Tratam-se de quase R$ 70 milhões empregados em quatro grandes obras que deveriam ficar prontas daqui a apenas 20 dias. A Comec já pensa em um reenquadramento de prioridades com o Ministério, ao destacar que a mobilidade entre o Aeroporto Internacional Afonso Pena e a Capital estará garantida, apesar das obras não estarem completas.
Fonte: PautaSJP
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