“Aqui todos contribuem um pouco e conseguimos no manter bem‘, diz o colono.
A cidade de São José dos Pinhais carrega fama de ser palco da tradicional festa da colheita e de ser a maior produtora de hortigranjeiros da Região Metropolitana de Curitiba. Essa tradição, que teve começo com os “polacos” poloneses, ainda resiste entre os moradores da Colônia Murici. Lá, eles mantêm uma rotina repleta da simplicidade do homem do campo.
Porém, a colônia também carrega sinais de transformações, numa mistura do passado com o presente, onde as grandes extensões de plantação dividem espaço com as recentes chácaras dos novos moradores. Acostumado a acordar cedo para vencer o trabalho pesado da roça, João Lipinski Neto, 52 anos, conta com a preciosa ajuda de sua família. “Aqui todos contribuem um pouco e conseguimos nos manter bem”, diz o colono.
João: “Temos um pouco de tudo nascendo nessas terras. Tem todos os tipos de alface, rúcula, salsinha e cebolinha”.
A família Lipinski já está em sua quarta geração vivendo com o sustento dos variados produtos hortigranjeiros que plantam. “Temos um pouco de tudo nascendo nessas terras. Tem todos os tipos de alface, rúcula, salsinha e cebolinha”, explica João. Mas também existem imprevistos e riscos que podem pôr todo o trabalho duro a perder. “O tempo que está fazendo ultimamente é complicado. Muito frio pode acabar com a colheita, e muita chuva faz a água arrancar as mudas do chão”, observa.
Outra dificuldade enfrentada pelas tradicionais famílias é que muitos filhos dos colonos estão preferindo a cidade ao campo. Com a filha mais velha dedicada apenas ao seu trabalho em um escritório de contabilidade, João ainda conta com a ajuda de uma filha mais nova e seu único filho. “Agora eles ainda me ajudam. Já tive de contratar um rapaz pra me dar uma mão, mas como meu filho já está no último ano da faculdade, precisarei de mais ajuda com a roça”, conta.
Família não está mais dando conta sozinha do trabalho.
De acordo com o colono, o número de chácaras tem crescido muito nos últimos anos. “Conforme os filhos vão abandonando a vida no campo, os terrenos vão sendo divididos e vendidos pra quem gosta mais daqui para o lazer”, contextualiza.
Fonte: Paraná Online
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