Publicidade

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Lideranças do Rotary em SJP avaliam atual papel dos clubes de serviço

Beatriz Moro Zétola, nova presidente do Rotary Club São José do Pinhais - Afonso Pena

Hoje (20), às 20h30, a empresária Beatriz Moro Zétola assume o mandato de dois anos do Rotary Club São José dos Pinhais - Afonso Pena. Como em décadas anteriores, será um evento social importante para a cidade, que reunirá na sede do Rotary, na Casa da Amizade, os associados deste clube de serviço que é conhecido como a Organização Não Governamental mais famosa do mundo, com mais de 100 anos de atuação. Entre os desafios da nova gestão, em São José e em outros países, o trabalho de manter o espírito da integração social nos eventos do clube e nas ações de cidadania com as comunidades. Segundo um integrante de outro clube, o Lions, que teve o grupo Lions Aeroporto fechado, não é fácil motivar a mobilização voluntária frente a novas oportunidades sociais, sendo jantares em amigos, shopping, ir à praia, etc.

De acordo com Beatriz Zétola, a ampliação do quadro associativo é uma das metas estabelecidas pelo Rotary Internacional Distrito 4730, em que o Rotary São José dos Pinhais - Afonso Pena (fundado em 1998) está vinculado, da mesma forma os outros clubes da cidade, como o Rotary São José dos Pinhais - Iguaçú (1988), o Rotary São José dos Pinhais - Colônia Murici (2002) e o que deu origem aos três grupos mais novos, o Rotary São José dos Pinhais (1946). 

“Creio que com a maior divulgação dos nossos eventos e projetos sociais haverá mais visibilidade do Rotary Afonso Pena e para o Rotary de maneira geral, por meio do contato com a imprensa, os sites e mídias sociais. Precisamos encantar os jovens a participar do clube para que a renovação ocorra naturalmente. Existe o questionamento de que as pessoas da sociedade, como um todo, estão cada vez mais individualistas, e sempre haverá espaço para crescermos como associados, na medida em que a relação entre o companheirismo e o servir é o principal motivo de participação no Rotary, na opinião dos rotarianos”, avalia Beatriz Zétola. 

O Rotary São José dos Pinhais, diferentemente do clube do Afonso Pena, Murici e Iguaçu, não possui mulheres em seu quadro associativo, conforme estatuto da época de fundação dos grupos mais antigos. Beatriz destaca o perfil feminino de integração como um dos aspectos que pode oxigenar a presença de novos sócios. “As mulheres, como esposas e mães possuem o papel de cuidar e integrar as famílias, e o Rotary é uma grande família”, enfatiza a empresária. 

Para o empresário Adilson Matoso, um dos fundadores do Lions Aeroporto, que fechou há poucos anos, as dificuldades de participação são uma questão de mudança da sociedade. “Antes, clubes de serviços eram mais raros e havia poucas alternativas fora deles. As comunidades cooperavam na medida em que a prestação de serviço voluntária e desinteressada era feita nos clubes, cujos membros se sentiam honrados com os trabalhos e o reconhecimento da sociedade”, aponta Matoso.

“Boa parte das grandes empresas investem no tema Responsabilidade Social, onde os empregados são parceiros destas atividades e sem a necessidade de um compromisso semanal, quinzenal ou mensal de encontro social, pagando taxas e mensalidades para a manutenção dos grupos, ou seja, preferem uma relação descompromissada. Ir à praia no fim de semana nunca foi o maior obstáculo, mas acredito que os bares, restaurantes, shoppings e outros passeios esvaziaram os clubes. Fiz de tudo para tentar manter a sobrevivência do Lions Aeroporto, mas acabei ficando sozinho na empreitada, após 31 anos”, lembra Adilson Matoso, que agora colabora com o único núcleo de Lions na cidade, o Lions Centro. 

O padrinho dos clubes
O ex-governador nos anos 89/90 do distrito rotariano 4730, Eloi Berti, tem no sangue o envolvimento com os clubes sociais. Seu pai era frequentador do Rotary São José dos Pinhais nos anos 50. Eloi começou no Rotary São José dos Pinhais em 1972 e é considerado o padrinho de todos os clubes da cidade, incluindo envolvimento com o antigo Clube Esperança e apoio aos eventos do Lions. Em sua opinião é mais fácil criar um novo grupo do que aumentar o número de sócios nos clubes mais antigos. 

“Parece que pertencer ao novo é mais interessante, e realmente a sociedade vai mudando e o comprometimento com a própria sociedade. Uma vez fizemos uma experiência, após algumas queixas, de transferir as reuniões semanais de sexta-feira para as quintas, mas a falta de alguns rotarianos foi igual e retomamos os encontros nas sextas-feiras. Quanto ao futuro não sei, mas no presente somos quatro clubes e muitos sócios, que, com o apoio de seus familiares, fazem a diferença”, destaca Eloi Berti. No Brasil existem mais de 2.000 clubes de Rotary e no mundo são mais de 30 mil. 

Fonte: PautaSJP

0 comentários:

Postar um comentário