As mudanças que ocorreram nos últimos dois anos no Hospital São José trouxeram mais qualidade no atendimento à população
O Hospital Municipal e Maternidade São José completa, em 2011, dois anos de municipalização. E os resultados apresentados têm agradado principalmente àqueles que utilizam a rede de saúde pública. Sofrendo com intervenções judiciais desde 2002 e prestes a fechar as portas para o público, hoje o cenário é outro.
“Essa foi a primeira vitória que obtivemos. Todos que me conhecem sabem da minha luta para manter o Hospital, e é muito gratificante ver que não só cumprimos o objetivo de mantê-lo de portas abertas, mas superamos expectativas inclusive nossas, com novas alas, novos leitos, um centro cirúrgico maior e mais equipado, além de diversas outras melhorias que ainda virão. Já podemos dizer que o Hospital São José é referência para diversos outros municípios, e termos essa resposta em dois anos é um resultado muito positivo”, garante o prefeito Ivan Rodrigues.
Desde que ocorreu a municipalização, cerca de 200 mil atendimentos já foram realizados, número que mostra bem o avanço da rede de saúde são-joseense. “Nos dois últimos anos antes da municipalização, em 2007 e 2008, o Hospital realizou 59 mil atendimentos, ou seja, esse número praticamente quadruplicou, o que mostra como a cidade estava carente de uma rede de saúde bem estruturada”, afirma o diretor geral do Hospital, Ernesto Wiens.
Fredolina Ceternarki, que teve seis filhos nascidos no Hospital, elogia as mudanças: "Tenho atendimento rápido e gratuito, sempre que preciso"
Além disso, o Pronto Socorro, que já teve suas portas fechadas ao público, registra hoje uma média de atendimento de 300 pessoas por dia, garantindo que todos tenham seu direito assistido. “Antes, quando a emergência estava fechada era bem difícil. Eu ganhei todos os meus seis filhos aqui no hospital e posso garantir que agora está bem melhor. Já tive que pagar para conseguir ser atendida e agora não preciso mais me preocupar. Tenho atendimento rápido e gratuito sempre que preciso. É muito importante a cidade ter um hospital próprio, afinal, tem muita gente carente que precisa desse serviço”, conta Fredolina Cetenarski, 58 anos, agricultura e que mora na Colônia Malhada.
Diversas outras mudanças trouxeram ao Hospital São José mais qualidade estrutural, como é o caso das reformas que foram realizadas no local e que ampliaram a capacidade de atendimento, evitando assim que as pessoas tenham que procurar outros municípios. De acordo com Vandezita Mazzaro, diretora técnica do Hospital, o número de leitos é o maior exemplo disso. “Antes da municipalização tínhamos 59 leitos, contando com as UTIs, que eram exclusivas para adultos. Hoje, temos 135 leitos e ampliamos o atendimento de casos complexos, ofertando UTIs pediátricas e neonatal”, conta a diretora.
A reestruturação das unidades de saúde do município foi outro fator que colaborou para que os resultados do Hospital fossem positivos. Desde o início de 2010, a Prefeitura de São José descentralizou os serviços e os postos de saúde dos bairros passaram a ser a referência para o atendimento de doenças predominantes. “A estratificação de riscos que está sendo utilizada em São José ajudou muito o trabalho da instituição, pois desafogou a sala de espera. Hoje, quem tem uma complicação menos grave, como uma dor de cabeça ou um dor de dente, não procura o atendimento aqui, mas sim a unidade de saúde mais próxima de sua casa, garantindo que aqueles casos mais complexos tenham prioridade”, diz a diretora técnica.
A enfermeira Estela Kunrath, que trabalha há sete anos na rede de saúde afirma que a reestruturação ocorrida na saúde melhorou as condições de trabalho
“Nosso fluxo de atendimento está muito melhor com toda a reestruturação que aconteceu na saúde de São José. Temos um suporte muito melhor, e conseguimos realizar cirurgias que antes não realizávamos. Tem uma situação específica que demonstra bem essa evolução. Antes da municipalização, eu atendi um pai que veio buscar socorro para seu filho que estava com uma queimadura na mão. Na época, pela falta de estrutura, tive que indicar um hospital na capital para ele ir. Nunca me esqueço disso, pois é uma frustração muito grande você não poder dar atendimento, principalmente para uma criança que está sofrendo. Hoje, não passamos mais por isso, pois temos estrutura suficiente para atender não só esse tipo de situação, como também diversas outras”, conta Estela Kunrath, enfermeira que trabalha na rede de saúde há sete anos.
Além de todas as mudanças, em setembro de 2010, o Hospital São José incorporou às suas atividades os atendimentos de ginecologia e obstetrícia que antes eram realizados no Hospital Atílio Talamini, unificando os serviços e aumentando a gama de possibilidades para os pacientes. “Nosso intuito é preservar o atendimento humanizado, prestando assistência àqueles que mais precisam”, finaliza o secretário de Saúde, Armando Raggio.
Os leitos da Maternidade que agora funciona em conjunto com o Hospital São José
Fotos: Sílvio Ramos
Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais
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