
Caminhada pela Paz e combate à Violência Sexual contra Crinças e Adolescentes, realizada em parceria pelas secretarias de Assistência Social, Esporte e Lazer, Educação, Segurança e outras
Uma Caminhada pela Paz no centro de São José dos Pinhais marcou o Dia Nacional de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado neste 18 de maio.
O ato encerrou as diversas ações realizadas durante a semana pela Prefeitura, com debates públicos na Câmara Municipal, palestras para as famílias e atividades permanentes nos 10 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) de São José dos Pinhais.
A caminhada começou em frente à Igreja Matriz, na Rua XV de Novembro, seguiu até o Ginásio Ney Braga, com grande participação do público. Destaque para as escolas municipais e estaduais, que participaram com fanfarra, faixas, cartazes e palavras de ordem, além de outras entidades envolvidas na proteção e educação de crianças e adolescentes, a exemplo da instituição Patronato Santo Antônio.
“Atendemos cerca de 650 meninos e meninas que passam o dia conosco e voltam para casa no final da tarde, e mais cerca de 20 internos encaminhados pelo juizado, que residem provisoriamente na casa”, relata Euclides Nora, assistente social e assessor técnico do Patronato. Segundo ele, a violência contra crianças e adolescentes, que tanto se configura no abandono, como na violência física e todos os tipos de agressão, têm se agravado tanto no aumento na quantidade quanto na gravidade da violência.

Caminhada pela Paz e combate à Violência Sexual contra Crinças e Adolescentes
De acordo com a assistente social e coordenadora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREA), Maria Aparecida Paulino de Viveiros (Cidinha) as estatísticas mostram que 70% das agressões são cometidas por pais biológicos. Os técnicos da Assistência Social reforçam que o fato de São José dos Pinhais ser cortada por duas rodovias federais também favorece a prática de exploração sexual contra crianças e adolescentes, e que todos devem prestar atenção nas crianças a sua volta, no sentido de denunciar qualquer suspeita de abuso ou agressão.
“Mudanças bruscas de comportamento, quando uma criança começa a se inibir, chorar com muita freqüência e facilidade, ou queda do rendimento escolar são sinais de que algo incomum está ocorrendo”, ressalta Cidinha, destacando o papel da escola e das unidades de saúde como grandes parceiras nesse enfrentamento.
Mobilização nos CRAS
Dentre as diversas atividades realizadas pelos CRAS, uma palestra com a delegada da Mulher de São José dos Pinhais, Márcia Rejane Marcondes, ocorrida no CRAS José Zen, do Jardim Itália, foi bastante prestigiada pela comunidade. No decorrer do encontro, o público participante, na maioria mulheres, aproveita para obter informações que possam ajudar a resolver algumas situações de violência pela qual elas próprias estejam passando ou alguém de sua família. A delegada acolhe as perguntas e as convida para visitarem a Delegacia da Mulher para oficializar uma possível queixa ou se esclarecerem melhor.
Embora o foco sejam crianças e adolescentes, um exemplo do quanto a promoção de debates descentralizados como os realizados esta semana pela prefeitura contribuem para evidenciar e solucionar problemas, é o caso de dona Maria (nome fictício), de 70 anos. Ela relatou à delegada estar sofrendo violência por parte de uma pessoa próxima. Disse que não gostaria de registrar a queixa, pois teme fazer intriga entre os seus filhos que ainda não sabem, mas conforme explica a diretora do CRAS José Zen, Patrícia Androuko, “a partir de uma informação como essa, a assistência social pode cuidar de aferir a versão e intervir”.
Já, dona Terezinha Oliveira, de 64 anos, dona de casa, disse que seus filhos já são adultos e nem moram próximos dela, mas participa por interesse em saber sobre como pode identificar qualquer abuso e violência que possa estar acontecendo com crianças a sua volta.
Fotos: Sílvio Ramos
Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais
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