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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Presídios ganham salas de alfabetização no Paraná

O Estado implantou em 16 das 26 unidades penais do Paraná, Salas de Alfabetização de apenados, para diminuir o analfabetismo existente dentro das prisões. A medida, adotada pela Secretaria da Justiça, cidadania e Direitos Humanos (Seju), foi após um levantamento sobre a escolarização de apenados, realizada entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, apontar 614 analfabetos absolutos e funcionais custodiados pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). 

O trabalho está sendo desenvolvido pela Coordenação de Educação e Qualificação Profissional da Seju, em conjunto com os Centros de Educação Básica de Jovens e Adultos (Ceebjas). Apenas a Penitenciária Estadual e no Centro de Regime Semiaberto de Ponta Grossa é que a pesquisa não apontou existência de analfabetos absolutos e profissionais.

De acordo com a coordenadora de Educação e Qualificação Profissional da Seju, Claudia Cristina Muller, os presos já estão em aulas e a meta é que eles deem continuidade aos estudos e possam concluir o ensino básico. "Nosso objetivo é erradicar o analfabetismo no Sistema Penal paranaense", afirmou.

A implantação das salas nas 16 unidades foi realizada de acordo com as demandas, ou seja, maior número de salas onde existam mais analfabetos. Diante disso, as Penitenciárias Estaduais de Londrina foram as maiores beneficiadas com este programa, ganhando quatro salas em cada uma delas, tendo matriculados em média de 15 a 20 detentos.

O Complexo Médico Penal recebeu três salas. Já a Penitenciária Central do Estado, as Penitenciárias Estadual e Industrial de Cascavel, a Penitenciária Industrial de Guarapuava e as Penitenciárias Estaduais de Maringá e de Francisco Beltrão existem duas salas cada.

Contam com uma sala cada uma a Penitenciária Feminina do Paraná, a Colônia Penal Agroindustrial, a Casa de Custódia de São José dos Pinhais, o Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava e as duas Penitenciárias Estaduais de Foz do Iguaçu.

Com os cursos de alfabetização, a Seju está realizando um controle mais efetivo para identificar presos analfabetos que entram no sistema. "O Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT), unidade responsável pelo recebimento de presos, está realizando essa identificação para encaminhar aqueles que não sabem ler e/ou escrever às unidades onde estão instaladas as salas de alfabetização. Até o fim da nossa gestão, esperamos ter 100% dos custodiados com, no mínimo, a escolarização básica", reforçou a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes.

Monitoria Brasil Alfabetizado

Além das Salas de Alfabetização, foi instalado na Casa de Custódia de Londrina um Sistema de Monitoria, onde presos "monitores" dão aulas aos analfabetos nas celas, orientados por professores. Esse sistema faz parte do Programa Brasil Alfabetizado do Ministério da Educação que, em parceria com o Ministério da Justiça, vai permitir o pagamento de bolsa-benefício aos presos que atuam como alfabetizadores, fornecer material escolar, livros e merenda a todos os alunos e, também, realizar testes cognitivos no início e ao final do curso que tem duração média de 6 meses. Em breve o sistema de monitoria será estendido às demais unidades que possuem as salas de alfabetização.

Todo esse trabalho de implantar as salas de alfabetização estava previsto no Plano Diretor da SEJU e atende os objetivos do Programa de Desenvolvimento Integrado – PDI Cidadania, que prioriza a promoção da educação formal e a erradicação do analfabetismo nas Unidades Penais do Paraná.

Fonte: Paraná Online

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