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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Após morte de criança, parentes protestam contra serviço de saúde

 

Parentes e amigos do menino Bruno, de dois anos, protestaram neste sábado (3) contra o atendimento médico recebido pela criança em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O garoto morreu em junho devido a um diagnóstico errado, de acordo com os parentes do menino. Segundo eles, a apendicite foi tratada pelos médicos como uma virose.

“Deu paracetamol e falou que, se não passasse em 48 horas, era para levar de volta”, afirmou a avó de Bruno, Adriana de Lara. O problema começou em no Posto de Saúde Martinópolis, no bairro Borda do Campo, onde a família da criança mora. Lá, uma médica chegou a desconfiar de apendicite e aconselhou a família a levar Bruno para o Hospital São José.

“A médica pediu para colocar ele na maca. Ela colocou a mão na barriga dele e disse que não era nada cirúrgico, que era uma virose, que em cinco dias passava”, contou o pai de Bruno, Jonathan de Lara.

Como a criança não melhorava, a família decidiu levar o menino para um posto de saúde em Curitiba, no Cajuru. Porém, no local, a inflamação também não foi diagnosticada pela médica que o examinou. “Só tocou nele e falou para encaminhar para o raio-x. Ela falou para dar os remédios que em 48 horas ele ia ficar melhor”, relatou Jonathan.

Em quatro dias, a criança morreu por causa da inflamação, que poderia ser resolvida com cirurgia. O atestado de óbito diz que a causa da morte, identificada por um legista do Instituto Médico Legal (IML), foi apendicite aguda perfurada.

O menino faleceu depois de três paradas cardíacas no mesmo posto de saúde onde foi atendido pela primeira vez, em São José dos Pinhais. “Não tem palito para examinar garganta. Não tem lanterna. Tem médico ali que examina com lanterna de celular”, disse Adriana sobre a unidade de saúde.



A Prefeitura de São José dos Pinhais não explicou a falta de lanterna e palito para exames simples de garganta no Posto de Saúde Martinópolis nem o fato de uma médica do Hospital São José não ter pedido um exame de sangue ou raio-x. A administração municipal apenas afirmou que o atendimento médico foi prestado e lamentou a morte de Bruno.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informou que, na Unidade de Saúde do Cajuru, o garoto foi examinado por uma médica que pediu os exames, mas não percebeu nenhum sinal de gravidade no caso. Por essa razão, o menino recebeu alta com antibióticos e os pais foram orientados a procurar acompanhamento em uma unidade de saúde mais próxima a casa deles.

Fonte: G1PR

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