O Caminho do Vinho, na área rural de São José dos Pinhais, esconde uma surpresa para os visitantes que frequentam o local, principalmente nos finais de semana e feriados. Trata-se de um museu colonial, único na região, que mostra objetos e ferramentas de trabalho da época da chegada dos primeiros imigrantes italianos à localidade. “Temos peças com mais 200 anos e a grande maioria do material já está com um século de vida”, diz Roberto Perbiche, criador do museu.
A ideia de criar um museu colonial e do vinho nasceu logo após Seu Roberto montar a pequena vinícola, em 2008. “Eu trabalhava com transportes e me aposentei. Então resolvi fazer o que muitos moradores aqui da região já vinham fazendo, que era fazer vinho e vender produtos coloniais. Mas eu tinha que ter um diferencial e pensei num museu com coisas antigas”, conta o proprietário da Vinícola Dom Roberto Perbiche.
No espaço, há uma grande variedade de objetos, desde ferramentas de trabalho da época da colonização até rádios velhos, garrafas de refrigerantes da década de 50 e bicicletas antigas. “As primeiras peças eram de família, que fomos recuperando e colocando em exposição. Mas depois o pessoal começou a vir e trazer mais peças. Além disso, sempre percorro ferros-velhos da região para garimpar mais peças. E assim fomos montando o museu”, afirma Seu Roberto.
Uma das peças mais antigas da coleção é uma estrutura de madeira utilizada pelos colonos para esmagar as uvas com os pés. “Era assim que os primeiros italianos que pisaram no Brasil fabricavam seus vinhos. Recentemente fui à Itália e vi peças exatamente iguais à essa. É impressionante. E essa que temos é da região e está por aqui há pelo menos 120 anos”, explica Seu Roberto.
Alavanca do negócio
O proprietário da vinícola diz que o movimento maior na propriedade da família é durante os fins de semana e feriados e não há dúvida em relação ao sucesso do museu. “Com certeza foi o museu que alavancou o negócio. Porque a pessoa que vem aqui tem dezenas de vinícolas para visitar, mas com museu e só a minha. E é muito legal isso, pois todos os visitantes voltam no tempo, se recordam do velhos tempos e acabam mostrando para os filhos e netos como eram as coisas antigamente”, diz o empresário.
Além do museu, a Vinícola Dom Roberto Perbiche ainda oferece aos visitantes uma série de produtos coloniais, como geleias, pimentas, salames, queijos e “grappa”, a cachaça italiana. “É um jeito de mostrar como as coisas eram antigamente e ainda consumir produtos caseiros, naturais, feitos como eram feitos há décadas”, explica.
Fonte: Paraná Online
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