Na madrugada do dia 14 de dezembro, por volta das 5h30 da manhã, morria Ana Paula Tatarin, ex goleira da seleção brasileira de futebol de campo, que se envolveu em um acidente de moto e faleceu em São José dos Pinhais. Ao que tudo indica, muitos amigos e parentes da atleta estão revoltados com o modo como as autoridades trataram esse caso – colocando Ana Paula como responsável pelo acidente.
Essa versão é contestada por seus amigos. A advogada Kelin Deosti é uma das amigas, e ela conversou com a nossa redação.
“Infelizmente não havia testemunhas no local e dessa forma só temos o depoimento do motorista do carro que disse que ela ultrapassou o sinal vermelho. O cunhado da minha amiga, no dia do acidente, perguntou ao policial se existiria a possibilidade de conseguir a filmagem porque ninguém acreditava que ela pudesse ultrapassar o sinal, considerando que ela era uma pessoa cuidadosa. No entanto, o policial informou que a partir das 4h30 da manhã houve uma ‘pane’ no sistema e poderia ser que as filmagens não existissem”.
De acordo com a advogada, caso ocorresse pane mesmo no sistema, os sinaleiros deveriam estar funcionando no alerta e dessa forma a rua pela qual ela estava trafegando (Rui Barbosa, em são José dos Pinhais) seria a via principal - e dessa forma o condutor seria o culpado e estaria faltando com a verdade, já que no depoimento ele disse que o sinaleiro estava funcionando normalmente.
Manifestação
Deosti disse que os amigos farão uma manifestação agora, como forma de pedir imparcialidade. “Na sexta-feira agora (20/12) acontecerá a missa dela, às 19hs, na Catedral Central de São José e após a missa faremos uma manifestação no local do acidente (nas esquinas da rua Voluntários da Pátria com Rui Barbosa). Estamos convocando todos os familiares, amigos e pessoas relacionados a imprensa para estarem presentes. Não nos conformamos que ela tenha sido a culpada pelo acidente e estamos achando muito estranho todas essas informações. Se existir um culpado lutaremos para que a justiça seja feita” finaliza a advogadaAgressão
Em 2010, um acidente envolvendo cinco mulheres causou polêmica – e envolveu a goleira. Ela é uma das cinco que denunciaram agressão durante uma abordagem da Polícia Militar (PM) no Centro de Curitiba. Na época, Ana Paula Tatarin era goleira da seleção feminina sub-20 de futebol. A suposta agressão teria acontecido na noite de sexta-feira (22), por volta das 22h30, quando as cinco amigas saíam de um aniversário e iriam pegar um táxi.
A goleira Ana Paula disse que além de ser agredida, foi algemada, jogada no carro da polícia e levada para delegacia. “Na hora que ele me bateu eu o empurrei, daí ele alegou que eu bati nele. Só empurrei por legítima defesa, para ele parar de me bater”, disse a atleta na ocasião.
Fonte: Jornaldopovoparana
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