Outros setores estão aderindo à paralisação.
A Câmara de Vereadores de SJP terá nesta manhã, quinta feira, às 9h, uma sessão movimentada. Isto porque a pauta contemplará a votação da proposta do Executivo sobre o reajuste nos salários dos servidores, em greve desde ontem.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de SJP (Sinsep) está confiante no apoio do Legislativo. “Conquistamos o apoio dos vereadores, que têm demonstrado a todo momento que apoiam o movimento, fazendo a ponte para mediar a negociação e sempre nos ouvindo. Assim, esperamos ter o apoio deles novamente amanhã, votando contra a proposta do prefeito”, diz a presidente do Sinsep, Juciane Zuanazzi.
Servidores fazem pressão pelo aumento de 18%
A votação, no entanto, será acirrada. “Este é um dos melhores reajustes da Região Metropolitana e só vem aumentar o ganho real dos servidores nos últimos anos. Não há justificativa para um aumento de 18% e muito menos para esta greve, que só prejudica a população”, acredita o vereador Assis Manoel Pereira (PSDB).
Escolas tradicionais, como o Pedro Moro, também pararam hoje
Já seu colega de oposição, Professor Marcelo Guilherme (PV) acredita que é possível o Executivo elevar a proposta. “Porém, enquanto Legislativo, podemos apenas cobrar mas não interferir. Quanto à votação, deveremos ter uma decisão conjunta, que deve ser a favor dos 10%”, diz Marcelo. Sobre a greve, ele acredita ser uma manifestação justificável, devido ao tempo (um ano) em que os servidores tentam este acordo. “O movimento é legítimo pois todos podem pleitear o que acham de direito.”
ASSÉDIO AOS GREVISTAS
A Prefeitura aumentou a proposta de 6,5% para 8,5% mas a categoria não aceitou e manteve a greve, que irá continuar hoje. “Nossa paralisação não é somente pelo reajuste salarial mas também pelas péssimas condições de trabalho e ainda pela pressão e perseguição aos servidores que pararam”, lembra Juciane. “Fizeram listas com os nomes dos grevistas e houve ameça de transferência de local de trabalho e também de corte de benefícios, o que é inadmissível e ilegal pois vai contra o direito constitucional da livre manifestação e do direito de greve”, reforça a sindicalista
Segundo ela, o movimento de greve só cresceu hoje, com a adesão total dos servidores da Assistência Social. Escolas e Cemeis fecharam as portas, o que também aconteceu em Unidades Especiais de Atendimento, como a Clínica Odontológica.
A Prefeitura deve se manifestar sobre o assunto apenas amanhã, após a votação na Câmara.
Fonte: GuiaSJP
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