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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Saúde distante


Precisar de um médico da rede pública durante a noite, madrugada, fins de semana ou feriados é um problema pra quem mora na Borda do Campo. Isto porque a Unidade de Saúde Martinópolis, que fica à beira da BR-277 e ao lado do mercado Stall, não está mais atendendo 24 horas, como antes. Há alguns meses, começou a funcionar apenas em horário comercial, das 7h às 17h. Quem precisar de médico fora desses horários, tem que ir pra unidade 24 horas do Afonso Pena ou pra algum hospital no Centro.

A Borda do Campo tem outro posto de saúde, no final da Rua Canoinhas, que também atende só em horário comercial. Os moradores reclamam que, além da redução dos horários, os postos possuem poucos médicos – o Martinópolis tem um só por turno – e fica muito cheio. Os exames demoram pra ser marcados e, quando o paciente consegue fazê-los, o resultado leva ainda mais tempo.
Postos da Borda do Campo só abrem das 7h às 17h. Fora desse horário, só tem atendimento no Centro e no Afonso Pena. Foto: Lineu Filho.

A dona de uma distribuidora de doces no bairro, que preferiu se manter anônima, conta que o posto de saúde lhe telefonou dois anos e meio depois dela ter feito um exame. “Eu nem lembrava mais. Quando a pessoa do posto me ligou, eu até falei que não tinha feito exame nenhum e que deveria ser um engano. Mas depois que desliguei lembrei o que era. Mas já pensou se eu tivesse com alguma doença grave? Já tinha morrido e não tinha nem os ossos pra contar a história”, ironiza.

Quais as opções?

A Secretaria de Saúde informou que um estudo feito na região verificou que a partir das 22h não havia demanda de atendimento na Unidade Martinópolis. Pra otimizar recursos e equipes, desativou o serviço 24h. Segundo a pasta, a população tem ainda como opção duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), na Rui Barbosa e no Afonso Pena, que atendem urgências e emergências clínicas adulto e infantil, além do Pronto Socorro 24 horas do Hospital e Maternidade São José dos Pinhais, que é referenciado para traumas.

Fonte: Tribuna 

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