O são-joseense Aparecido Freitas utiliza muletas por causa de sua deficiência física. O carro representa a sua liberdade de trabalho e lazer. Pela primeira vez, não precisará de um veículo adaptado, pois comprou um modelo Sandero, da Renault, automático, para não se preocupar em trocar as marchas. O prazo de entrega terminou e, ao invés de colocar combustível em seu novo carro, ele paga R$ 300,00 por mês para uma pessoa levá-lo e trazê-lo ao Aeroporto Afonso Pena, onde trabalha em uma empresa aérea.
“Comecei a reclamar, pois é um absurdo. Não é a questão se sou ou não deficiente físico, é uma questão de investir em um carro novo, pagar por isso e não poder usar”, queixa-se Aparecido, que usou seu veículo antigo como entrada para ter um modelo 1.6.
O vendedor da loja Fórmula Renault, da Campina do Siqueira, Anderson Vieira, reconhece o atraso conforme o contrato e disse à reportagem que o subsídio que os deficientes físicos possuem para comprar não teve nada a ver com a demora. “Fizemos todo o processo, com a isenção de impostos que é de direito, mais o desconto da Renault neste tipo de compra. O que complicou foi a cor escolhida pelo cliente, que é feita sob encomenda. Mais uns dias e ele terá o carro”, projeta Anderson Vieira.
De acordo com Freitas, ele não esperava que fosse passar por uma segunda burocracia. “Para comprar um carro com o subsídio você não poder ter outro veículo conforme as lei. Então eu vendi o que tinha, fiz as requisições na Receita Federal e Estadual, e só nestes órgãos foram 75 dias até eu dar entrada na concessionária Renault, o que já somou 81 dias, ou seja, estou há mais de cinco meses sem carro”, questiona Aparecido Freitas.
Fonte: PautaSJP
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