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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Taxistas de SJP estão revoltados por conta do veto a aplicativos

Prefeitura estaria exigindo que profissionais assinem contrato se comprometendo a não atender chamadas.

Taxistas de São José dos Pinhais estão na bronca à utilização do uso de aplicativos de celular localizador de passageiros. A reportagem do Paraná Online foi até o município da região metropolitana e conversou com taxistas locais. Eles dizem que a categoria está sendo coagida pela prefeitura a assinar um documento que aprova um decreto que proíbe a ferramenta. O ofício diz que os taxistas estão cientes sobre a decreto baixado pela administração municipal. De acordo com a categoria, que for pego utilizando o aplicativo sofrerá punição e poderá perder a licença.

Um taxista, que preferiu não revelar a identidade temendo represália da prefeitura, afirma que a situação gera prejuízo para os motoristas do município, já que os táxis de Curitiba utilizam livremente os aplicativos e tem pode fazer corridas de, e para, São José dos Pinhais. “Quando um taxista de Curitiba larga um passageiro no aeroporto, por exemplo, usando o aplicativo ele consegue apanhar um cliente aqui na região de São José na volta. Coisa que nós não temos como fazer com essa determinação”, afirma.

Outro taxista, que também não quis se identificar, diz que teme os prejuízos que o decreto vai gerar durante o período de Copa do Mundo. “O Aeroporto estará muito movimentado e com certeza vamos perder alguns passageiros por causa dessa nova regra, que estão nos impondo. E sabemos que os aplicativos funcionam. Meu filho é taxista em Curitiba e faz uma média de dez corridas por dia usando o aplicativo. É uma realidade e infelizmente estamos ficando fora dela”, lamenta.

Os trabalhadores afirmam que sem utilizar os aplicativos eles são obrigados a se filiar uma das três empresas de rádio-táxi do município para poder ter acesso às chamadas de passageiros. O custo de filiação chega a R$ 1 mil por mês. “Além disso, cada carro tem que pagar cerca de R$ 380 por mês às empresas de taxi”, conclui um dos taxistas que conversou com a reportagem. Entre os aplicativos utilizados pelos taxistas estão o 99 táxi e o Nacional Isetáxi, que antes atendiam a frota de 543 táxis que São José dos Pinhais tem hoje em dia.

Lei obriga adesão a cooperativa

O decreto que regulamenta o serviço de táxi em São José dos Pinhais (Lei 1.672/2011) determina que todos os taxistas devem estar credenciados a uma central ou cooperativa. Segundo a prefeitura, mesmo credenciados, eles não podem atender chamadas pelos aplicativos, pois as empresas que desenvolvem essas ferramentas estariam obtendo lucro através de um serviço público, sem qualquer tipo de concessão ou autorização.

A prefeitura alega ainda que, como o uso dos aplicativos não é regulamentado, pode gerar malefícios aos usuários e aos próprios taxistas. “A segurança dos usuários é comprometida, pois qualquer pessoa má intencionada pode cadastrar uma placa de carro, e se passar por taxista”, diz o secretário de Transporte e Trânsito, Adriano Mühlstedt.

Ele afirma ainda que o aplicativo não traz benefícios que para os taxistas do município. “É uma forma de taxistas de outros municípios virem atuar dentro de São José dos Pinhais, o que desrespeita o Código de Trânsito. É prejudicial aos próprios taxistas”, argumenta.

Fonte: Paraná Online

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