A Secretaria de Segurança do Estado do Paraná divulgou, nesta segunda-feira, que a Polícia Civil solucionou o caso do desaparecimento de uma mulher, ocorrido em 18 de dezembro de 2010 em São José dos Pinhais, a cerca de 20 km de Curitiba. A resolução aconteceu depois do Instituto Médico-Legal (IML) identificar um corpo carbonizado como sendo o de Maria Lígia Siqueira. O namorado da vítima, Marcelo Rodrigues Fin, 34 anos, havia confessado ter matado a mulher com um tiro na cabeça e ateado fogo ao corpo.
Com a confissão de Marcelo, exames de arcada dentária foram realizados em um corpo que aguardava identificação no IML. Com a comprovação e materialidade do crime, ele foi indiciado, na sexta-feira, por homicídio triplamente qualificado e encaminhado para o Setor de Carceragem de São José dos Pinhais. Se condenado, sua pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
De acordo com as informações levantadas pela polícia, o casal tinha relacionamento conturbado há cinco anos, com relatos de agressões físicas e vários rompimentos. Quando Maria desapareceu, a família procurou a polícia, que a princípio, pensou se tratar de um caso de cárcere privado, sem levantar a hipótese de assassinato.
Namorado se passava pela vítima na internet e falava com familiares
Durante as investigações, policiais do Tigre descobriram que Marcelo usava o comunicador instantâneo MSN de Maria Lígia para se comunicar, pela internet, com a família dela, o que levantou as primeiras suspeitas contra ele. Mandado de prisão foi expedido pelo Juízo de Direito de São José dos Pinhais. Com apoio de policiais do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras) da polícia de Campo Grande (MS), Marcelo foi preso quando dirigia um veículo pela avenida Mato Grosso, em Campo Grande.
Marcelo levou os policiais até uma residência próxima, onde foram apreendidos um revólver calibre 38 com munição e um microcomputador. No disco rígido da máquina foram encontradas conversas pelo MSN, em que ele confessa ter matado Maria Lígia. Diante das evidências, o acusado relatou ter matado a namorada com um tiro na cabeça, no interior de seu veículo, em 18 de dezembro, e ter colocado fogo e jogado o corpo nas margens da rodovia.
O delegado-chefe do grupo Tigre, Renato Bastos Figueiroa, lamentou o desfecho do caso. "Infelizmente, quando pegamos o caso o homicídio já havia se consumado, sendo assustadora a frieza que cometeu um crime bárbaro como esse e ainda tentava iludir a
família com falsas esperanças de que a moça estaria viva".
Fonte: Terra